MUNDO
Vaticano Reafirma: Jesus, e não Maria, é o salvador do mundo

O Vaticano, por meio de um novo decreto aprovado pelo Papa Leão XIV, reafirmou que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade, instruindo os 1,4 bilhão de católicos a não se referirem à Virgem Maria como a “corredentora” do mundo. A decisão encerra um debate interno que dividiu figuras importantes da Igreja por décadas e gerou divergências entre os papas recentes.
O documento, emitido pelo principal escritório doutrinário do Vaticano, esclarece que somente Jesus salvou o mundo da condenação, resolvendo uma questão que gerava confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã.
A crença católica sustenta que Jesus redimiu a humanidade através de sua crucificação e morte. No entanto, a questão do papel de Maria, a Mãe de Deus, na salvação do mundo tem sido objeto de debate entre estudiosos da Igreja por séculos.
O falecido Papa Francisco manifestou forte oposição ao título de “corredentora” para Maria, classificando a ideia como “tolice”. Francisco, que faleceu em abril, argumentou que Maria nunca quis tomar para si o papel de seu filho. Seu antecessor, Bento XVI, também se opôs ao título.
Por outro lado, o Papa João Paulo II chegou a apoiar a concessão do título a Maria, mas interrompeu seu uso público em meados da década de 1990, após o escritório doutrinário expressar ceticismo.
A nova instrução do Vaticano reconhece o papel de Maria como intermediária entre Deus e a humanidade, destacando que, ao dar à luz Jesus, ela “abriu os portões da Redenção que toda a humanidade aguardava”. A resposta de Maria ao anjo que anunciou sua gravidez, expressa nas palavras “Que assim seja”, é citada como um exemplo de sua participação no plano divino.
O decreto reafirma a centralidade de Jesus Cristo na salvação da humanidade, ao mesmo tempo em que reconhece a importância e o papel singular de Maria na história da fé católica.