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Avião, Porsche e itens de luxo são apreendidos em operação que fechou postos suspeitos de lavar dinheiro do PCC

Um avião e um carro de luxo foram apreendidos na Operação Carbono Oculto 86, deflagrada nesta quarta-feira, 5, pela Polícia Civil do Piauí. A ação, que investiga um esquema de lavagem de R$ 5 bilhões ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), fechou 49 postos de combustíveis em 16 cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins.
17 mandados de busca e apreensão são cumpridos pelos agentes, que já apreenderam bens como relógios, sapatos e imóveis. A polícia ainda espera apreender outras três aeronaves de nomes ligados ao esquema.
Batizada de operação Carbono Oculto 86, a ação é resultado de uma investigação que aponta que o grupo utilizava uma estrutura de empresas de fachada, fundos de investimentos e fintechs para lavagem de dinheiro, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônios.
Segudo a polícia, há indícios de que os investigados tenham cometido os crimes de lavagem de dinheiro, fraude fiscal, emissão de notas frias, adulteração de combustíveis e associação criminosa ao PCC. A investigação identificou mais de 70 empresas relacionadas direta ou indiretamento ao esquema.
De acordo com a polícia, o montante total de movimentações financeiras atípicas chega a R$ 5 bilhões. Somente as movimentações de empresas sediadas no Piauí ligadas ao esquema somam R$ 300 milhões.
Na manhã desta quarta, as equipes policiais foram a campo para interditar 49 postos de combustíveis nas cidades de:
Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira, no Piauí
Peritoró, Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras, no Maranhão
São Miguel do Tocantins, no Estado do Tocantins
Operação Carbono Oculto em São Paulo
A investigação também demonstrou a conexão de empresários locais e os mesmos fundos e operadores financeiros investigados na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto deste ano, e que revelou um esquema um esquema de R$ 23 bilhões no setor de combustíveis para lavagem de dinheiro do PCC. Na época, a ação foi conduzida pela Receita Federal, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Polícia Militar de São Paulo.