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MUNDO

CEO da COP30 diz que gênero e transição justa estão entre os tópicos mais importantes da conferência

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CEO da COP30, Ana Toni menciona que gênero e transição justa estão entre os tópicos mais importantes a serem debatido entre as delegações Foto: Marina Sabioni / COP30

Gênero e transição justa estão entre os tópicos mais importantes dos mais de 140 que as delegações precisam discutir na COP30, em Belém (PA), afirmou a CEO da Conferência, Ana Toni, ao Terra nesta terça-feira, 11. O otimismo surge um dia após Toni celebrar o consenso dos países sobre a agenda oficial do evento.

“Todos os tópicos são muito importantes, claro. Mas gênero e transição justa estão entre os mais importantes. Hoje, nós pedimos para que os facilitadores tragam um ‘texto mais limpo’, para que a gente já consiga abrir um acordo no tema de transição justa”, disse.

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De acordo com a diretora-executiva, grandes grupos estão elaborando propostas cada vez mais fortes e consolidadas. “Nesse segundo dia, você já vê os negociadores falando de temas muito específicos na negociação, o que nos dá muita esperança de que sim, a gente vai ter textos negociados”, acrescentou.

Na COP, as negociações duram duas semanas e são travadas sobre cada palavra dos acordos climáticos globais. Há 10 anos, na COP do Acordo de Paris, um impasse por uma única palavra atrasou os acordos finais em mais de um dia.

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As discussões ocorrem de forma reservada na Blue Zone, que é o espaço restrito a delegações diplomáticas, agências da ONU, observadores e imprensa. Antes dos acordos finais, contudo, as delegações precisam chegar a um consenso sobre a pauta, opinando sobre o que desejam incluir.

Na COP30, um dos desafios é incluir o financiamento climático como tópico essencial. Facilitadores ajudam no processo, produzindo documentos que sintetizam os pontos de vista das delegações, buscando propostas consistentes para o debate conjunto e o acordo final.

Na COP28, em Dubai, o resultado foi otimista, pois pela primeira vez se incluiu a necessidade de acabar com os combustíveis fósseis em um texto final. Além disso, foi concluído o primeiro balanço global do Acordo de Paris. Já a COP29, no Azerbaijão, não teve grandes conquistas. Esperava-se que o texto final desse mais ênfase ao fim do uso de combustíveis fósseis, o que acabou não ocorrendo.

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A expectativa frustrada na COP29 era de que Baku resolvesse o debate sobre financiamento climático, tema que volta à tona na COP30 com o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) pelo Brasil. Embora os países ricos tenham se comprometido a contribuir com ao menos US$ 300 bilhões por ano até 2035, não há um acordo sobre como esse financiamento será pago. A ONU criticou o montante, alegando que ele cobriria apenas 15% da necessidade real.

*Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.

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