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POLÍCIA

Fraudes no INSS: ex-ministro de Bolsonaro e Deputados na mira da PF em Operação “Sem Desconto”

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Brasília, Goiás – Uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (13), mira o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, José Carlos Oliveira (agora Ahmed Mohamad Oliveira), e ao menos dois parlamentares, sob suspeita de envolvimento em cobrança ilegal de mensalidades associativas de aposentados e pensionistas.

A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, cumpriu mandados contra:

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-O ex-ministro José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira), ex-presidente do INSS e Ministro da Previdência Social no governo Bolsonaro.

-O deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG), suspeito de vender um avião a uma das entidades associativas investigadas.

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-O deputado estadual maranhense Edson Cunha de Araújo (PSB-MA), vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA).

Estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 estados e no Distrito Federal. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi preso na operação. Sua defesa alega que a prisão é ilegal e que ele tem colaborado com as investigações.

Inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, e ocultação de patrimônio. Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.

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A investigação apura o esquema de descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas. Segundo a PF, os investigados inseriam dados falsos nos sistemas do INSS para cobrar mensalidades de associações sem a devida autorização dos beneficiários.

José Carlos Oliveira, que presidiu o INSS e posteriormente chefiou o Ministério da Previdência Social, já havia deposto na CPMI do INSS em setembro, afirmando ter tomado conhecimento das fraudes somente após a primeira fase da Operação Sem Desconto.

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As investigações revelam um esquema complexo que envolve servidores públicos, parlamentares e entidades associativas, causando prejuízos milionários aos cofres públicos e aos beneficiários do INSS.

A operação continua em andamento, e a Polícia Federal informou que está coletando provas e depoimentos para esclarecer todos os detalhes do esquema.

A Agência Brasil está tentando contato com a defesa dos investigados para obter seus posicionamentos. A cobertura completa da operação e seus desdobramentos pode ser acompanhada pela EBC.

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