ENTRETENIMENTO
Gleici Damasceno exalta legado de Chico Mendes na defesa da Amazônia às vésperas da COP30

Em um momento crucial em que os olhos do mundo se voltam para a Amazônia com a proximidade da COP30 em Belém, a influenciadora acreana Gleici Damasceno utilizou suas redes sociais para homenagear o legado do líder seringueiro Chico Mendes. Em uma mensagem carregada de emoção e significado, Gleici expressou seu desejo de que, se fosse possível escolher um “dono” para o Acre, esse seria Chico Mendes, o ambientalista assassinado em 1988, cuja luta transcendeu a defesa da natureza e se tornou um símbolo de justiça social e esperança para as futuras gerações.
Gleici destacou que o legado de Chico Mendes vai muito além da preservação ambiental, representando a proteção climática, a justiça social e a garantia de sobrevivência tanto para os povos da Amazônia quanto para aqueles que vivem distantes dela. “Na COP30, a luta que começou em Xapuri ganha força, porque falar de Amazônia é falar de água, de ar, de clima, de futuro”, afirmou, ressaltando a importância de ouvir as vozes e histórias de resistência dos povos da floresta em qualquer discussão ambiental.
A influenciadora relembrou momentos marcantes da trajetória de Chico Mendes, desde sua origem humilde no Seringal Porto Rico, em Xapuri, até sua ascensão como líder ambiental reconhecido internacionalmente. Gleici destacou a importância da educação na vida de Chico, que aprendeu a ler aos 19 anos e usou esse conhecimento para transformar a realidade de milhares de famílias da floresta.
Gleici enfatizou que a luta de Chico Mendes não se restringia à preservação ambiental, mas abrangia o direito dos seringueiros, ribeirinhos e povos indígenas de viverem da floresta de forma sustentável. “Ele sonhava que o trabalho dessas pessoas tivesse valor, que o preço da borracha e da castanha refletisse o valor da floresta”, disse, lembrando a organização de sindicatos e os “empates”, manifestações pacíficas que impediam o desmatamento.
A acreana ressaltou que, mesmo diante de ameaças, Chico Mendes permaneceu em Xapuri, defendendo sua terra e sua gente. “Ele dizia que a luta dele era ali, onde a floresta tinha nome e rosto”, afirmou. Um ano após receber o prêmio da ONU, Chico Mendes foi brutalmente assassinado em 1988, gerando comoção mundial e fortalecendo ainda mais seu legado.
Gleici destacou que o modelo de reservas extrativistas defendido por Chico Mendes é uma prova viva de que é possível proteger a Amazônia e garantir o sustento das comunidades locais. Ela também relembrou uma das frases mais impactantes do ambientalista, escrita em uma carta aos jovens do futuro: “No começo, pensei que estava lutando para salvar as seringueiras. Depois, pensei que estava lutando para salvar a Amazônia. Agora percebo que estou lutando pela humanidade.”
Ao concluir sua mensagem, Gleici Damasceno afirmou que o espírito de Chico Mendes continua vivo em cada luta pela vida na Amazônia. “Chico Mendes foi assassinado em 1988, mas o que ele plantou segue crescendo. Ele renasce em cada voz que hoje luta por um planeta vivo”, declarou, ressaltando que o Acre e o mundo continuam a colher os frutos do legado do seringueiro que transformou a defesa da floresta em um movimento global.









