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COP30 entra na reta final com plenária decisiva neste sábado após intensas negociações

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Logo da COP30 é exibido em frente a um edifício central em Belém, Brasil • Wagner Meier/Getty Images

Em meio a negociações acirradas, a COP30 se prepara para uma plenária crucial neste sábado (22), onde as delegações buscarão um acordo final para a conferência. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, liderou uma reunião extensa com os principais negociadores na noite de sexta-feira (21), na tentativa de superar as divergências que têm dificultado a construção de um consenso.

As plenárias de encerramento estão agendadas para as 10h, horário em que se espera que os países participantes cheguem a um acordo sobre o texto final. No entanto, as consultas com os negociadores de alto escalão continuaram durante a madrugada, em busca de um terreno comum que permita concluir a cúpula.

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Cerca de 30 representantes de alto nível, incluindo ministros que representam os principais blocos de negociação, estão envolvidos em um esforço concentrado para encontrar um consenso. O vaivém constante de diplomatas, muitos deles ao telefone para alinhar posições com seus países, demonstra a intensidade das negociações nas últimas horas da conferência.

O foco das discussões tem sido o financiamento climático para adaptação, medidas unilaterais de comércio, a insuficiência das metas climáticas e o roteiro para a redução dos combustíveis fósseis.

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Na sexta-feira, a presidência da COP30 divulgou um novo rascunho da decisão final, que retirou a proposta de criação de um plano de transição para a eliminação gradual do uso de combustíveis fósseis. Essa proposta, que era uma aposta do Brasil e havia sido defendida por mais de 80 países, de acordo com o governo, gerou debates acalorados.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, se reuniu com negociadores dos quase 200 países participantes para ouvir suas opiniões sobre os principais pontos de discordância.

A discussão sobre a transição de combustíveis fósseis para energias renováveis tem dividido os países, com os países árabes, liderados pela Arábia Saudita, China, Índia e Rússia, opondo-se à inclusão do tema no texto final, enquanto Brasil, Colômbia, Chile, União Europeia, Panamá e países insulares defendem a proposta.

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A remoção do mapa do caminho do rascunho levou países europeus a dificultarem as discussões sobre outros temas, como o financiamento climático para adaptação e medidas unilaterais de comércio.

Em seu discurso no último dia oficial da conferência, o presidente da COP30 apelou aos países para que abandonem a ideia de vitória ou derrota e trabalhem em conjunto para alcançar um acordo.

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“Temos que preservar este regime com o espírito de cooperação e não com o espírito de quem vai ganhar ou quem vai perder. Porque sabemos que, com o Acordo de Paris, pelo qual tanto lutamos durante todos estes anos, se não o fortalecermos, todos perderão”, afirmou Corrêa do Lago.

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