POLÍTICA
Defesa diz a Moraes que Bolsonaro ‘não fez contato visual’ com celular de Nikolas e que cumpriu medidas

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) alegou que o ex-presidente “não fez contato visual” com o celular do deputado federal Nikolas Ferreira, durante uma visita realizada a ele na última sexta-feira, 21. Os advogados defendem que, apesar da proibição imposta pela Corte, ele não descumpriu a medida.
A resposta foi apresentada nesta quinta-feira, 27, após Moraes intimar a defesa do ex-presidente a esclarecer, em até 24 horas, o ocorrido flagrado pela TV Globo. Nas imagens, é possível ver Nikolas sentado na parte de fora da casa do ex-mandatário, enquanto mexe no telefone. Por decisão do STF, Bolsonaro está proibido de usar celular, diretamente ou por intermédio de terceiros, durante o período de prisão domiciliar.
Os advogados de Bolsonaro afirmaram que o encontro foi realizado “às claras”, tanto que foi possível a gravação exibida na TV Globo. “Constata que o Peticionário [Bolsonaro] cumpria à exatidão a determinação de Vossa Excelência, sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal”, diz o documento assinado por Celso Sanchez Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser.
Ainda segundo a defesa, Bolsonaro reafirma que sempre cumpriu todas as medidas cautelares impostas pelo STF, não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, enquanto esteve em prisão domiciliar.
Prisão de Bolsonaro
No sábado, 22, Bolsonaro foi preso preventivamente e levado para a sede da Polícia Federal em Brasília, sob risco de fuga. Ele tentou romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, o que acionou as autoridades. A violação ocorreu poucas horas após a visita do parlamentar. Uma vigília também foi convocada por Flávio Bolsonaro no condomínio do ex-presidente, o que poderia facilitar sua fuga.
Nesta terça-feira, 25, o STF determinou o início da execução da pena do ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses no processo que apura a trama golpista. Com a decisão, a prisão preventiva foi convertida em cumprimento de pena em regime fechado. Bolsonaro continua na carceragem da Polícia Federal.









