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CIDADES

Operação mira esquema de sonegação de R$ 215 milhões em MG; Marcos Valério, operador do ‘Mensalão’ é um dos alvos

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Marcos Valério é alvo de operação do MPMG nesta terça-feira, 2 Foto: Beto Barata/Estadão Conteúdo

O Ministério Público, a Receita Estadual e Federal e as polícias de Minas Gerais deflagraram na manhã desta terça-feira, 2, uma operação contra um esquema de sonegação fiscal envolvendo atacadistas, redes de supermercados e empresas vinculadas ao setor varejista. Estimativas apontam que o prejuízo causado ao estado ultrapassa R$ 215 milhões.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no Centro-Oeste de Minas Gerais. As ordens judiciais foram cumpridas nas sedes de empresas e nas residências de empresários e funcionários envolvidos nas fraudes e na lavagem dos capitais ilícitos.

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Segundo o Estadão, o publicitário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal como operador do Mensalão, é um dos alvos da operação, batizada de Ambiente 186. Ele é apontado nas investigações como um dos articulares do grupo. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar.

Ao jornal, o advogado de Valério, Carlos Alberto Arges Júnior, disse que aguarda ter acesso aos autos para poder comentar. “Acompanhei as buscas, mas não tive acesso ao processo que determinou as buscas. Já fiz o pedido de habilitação nas cautelares e estou aguardando”, informou.

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Durante as buscas na operação, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos, documentos, veículos de luxo utilizados pela organização para a lavagem de dinheiro e outros elementos de interesse à investigação. Também foi determinado o bloqueio de bens dos investigados no montante de R$ 476 milhões.

O que dizem as investigações?

Em cerca de 18 meses de investigação, as autoridades descobriram um esquema complexo de fraude fiscal em que empresários dos setores atacadista e varejista criaram empresas de fachada para simular operações interestaduais e suprimir o pagamento de ICMS próprio e do ICMS devido por substituição tributária devido ao Estado de Minas Gerais.

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“O esquema criminoso reduzia artificialmente o custo das mercadorias, ampliando os ganhos ilícitos dos grupos envolvidos, distorcendo a concorrência e prejudicando empresas que atuam licitamente, em conformidade com a legislação tributária. As apurações demonstraram que a organização criminosa se apropriava indevidamente do imposto que deveria ser recolhido ao Estado, convertendo tais valores em benefício patrimonial próprio”, detalha o MP.

A ação também apura os crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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