Conta da Sabesp terá reajuste de 6,11% a partir de 2026 em SP

A Sabesp informou nesta terça-feira, 2, que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou a companhia a aplicar um reajuste médio de 6,11% nas tarifas vigentes, válido a partir de 1º de janeiro de 2026.

Segundo o Governo de São Paulo, a Arsesp publicou nesta segunda-feira, 1º, as novas tabelas tarifárias que serão adotadas pela Sabesp em 2026 nos municípios atendidos pela empresa.

No caso de uma conta residencial com consumo entre 11 m³ e 20 m³, o custo por mil litros passará de R$ 6,01 para cerca de R$ 6,40 por m³.

A revisão considera o período de julho de 2024, início do novo contrato, até outubro de 2025, e prevê a recomposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nesses 16 meses.

“Não houve aumento real para o consumidor. Além disso, a tarifa de referência calculada pela agência reguladora ficou 15% abaixo do valor que seria previsto caso a Sabesp ainda fosse estatal”, afirmou o governo paulista em nota.

O diretor-presidente da Arsesp, Daniel Antonio Narzetti, destacou que a aplicação do novo modelo regulatório segue “rigorosamente o previsto no novo contrato de concessão, reforçando a importância de uma regulação forte e independente, e o compromisso com a transparência, o equilíbrio contratual e a defesa dos interesses da população”.

Tarifa de equilíbrio

A Arsesp também deliberou sobre a chamada tarifa de equilíbrio, criada para compensar os investimentos realizados pela concessionária. Essa tarifa tem reajuste anual nos dois primeiros ciclos tarifários (2024–2029 e 2030–2034) e leva em conta os aportes feitos pela empresa ao longo de 12 meses, após auditoria e certificação do regulador.

Segundo a nota técnica da Agência, após todos os ajustes compensatórios referentes à antecipação do encerramento do ciclo tarifário anterior, além de revisões, correções e cancelamentos de valores indevidos, o índice de reposicionamento gerou um impacto de 0,026% sobre o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento (Fausp).

Criado com a privatização da Sabesp, em 2024, o Fausp recebeu 30% do valor obtido na desestatização e segue recebendo os dividendos pagos pela empresa ao Governo do Estado, que detém 18,3% das ações.