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Nubank pedirá licença bancária em 2026 para evitar mudar de nome após novas regras do BC

O Nubank anunciou nesta quarta-feira, 3, que pretende buscar uma licença bancária no Brasil no próximo ano, após resolução do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional (CMN) proibir que fintechs tenham nomes que incluam termos indicativos de atividades diferentes das quais têm autorização para exercer. A marca e identidade visual da instituição não terão qualquer alteração, de acordo com comunicado.
A mudança não terá impacto para os mais de 110 milhões clientes no País e as operações seguirão normalmente, segundo a nota. Também não haverá alterações materiais nas exigências adicionais de capital e liquidez.
Fundado em 2013 por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, o Nubank conseguiu superar gigantes brasileiras como Petrobras e Itaú em valor de mercado. Hoje o banco, que tem ações negociadas na Bolsa de Nova York, vale cerca de R$ 450 bilhões (US$ 85 bilhões). Na classificação mundial, também já destronou nomes tradicionais como o americano BNY Mellon, o britânico Barclays, o alemão Deutsche Bank.
No terceiro trimestre deste ano, a instituição teve lucro de US$ 783 milhões (R$ 4,1 bilhões pela cotação desta quarta-feira, 3); no segundo trimestre, o resultado havia sido de US$ 637 milhões (R$ 3,3 bilhões); e no primeiro, US$ 606 milhões (R$ 3,04 bilhões).
“O Nubank foi fundado há 12 anos e foi responsável pela inclusão de 28 milhões de pessoas no sistema financeiro. Nossa identidade e missão de simplificar a vida dos nossos clientes permanecem iguais”, disse Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil.
Algumas das principais fintechs do País não são bancos, mas sim instituições de pagamento (IP), um tipo de empresa criada em 2013 para facilitar a entrada de novos competidores no mercado financeiro e que tem exigência de capital mais baixa.
As instituições de pagamento podem emitir cartões de crédito, mas as contas que oferecem aos clientes não são contas correntes, e sim de pagamento. Para o consumidor, pouca coisa muda, mas o recurso depositado nelas não pode ser aplicado pela instituição na concessão de crédito. Além disso, o cartão associado a essas contas não é de débito, e sim pré-pago.
O Nubank acrescentou que cumpre todas as exigências regulatórias e opera com as licenças necessárias como instituição de pagamento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e corretora de títulos e valores mobiliários.









