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Enea ou octa? Entenda polêmica em títulos do Flamengo no Brasileirão

O Flamengo levantou na noite desta quarta-feira, 3, o título do Campeonato Brasileiro pela nona vez em sua história, ao menos segundo sua própria conta. Isso porque há um embate quanto ao nacional de 1987, torneio que a Justiça e a Fifa consideram como vencidos pelo Sport.
Em sua sala de troféus, o time da Gávea exalta as conquistas de 1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009, 2019 e 2020. Em 2011, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chegou a considerar o título flamenguista, mas a decisão foi anulada pela Justiça.
O asterisco, porém, fica por conta do polêmico ano de 1987. Na época, em meio a um momento de crise da CBF e o risco de o campeonato nacional não ser realizado, os 13 principais times do País à época – o Clube dos 13 – se uniram e criaram a Copa União.
Com alguns clubes de fora do formato e o descontentamento da CBF por ter sido deixada de lado na organização, a entidade que rege o futebol brasileiro optou pela criação de uma chave com os ‘excluídos’, assim sugerindo um campeonato brasileiro com dois módulos, o amarelo e o verde.
A CBF, então, definiu que os dois melhores colocados de cada módulo se enfrentariam em um quadrangular para definir o campeão brasileiro, o que teria sido aprovado pelo Clube dos 13 por meio da assinatura de Eurico Miranda.
Flamengo e Internacional, porém, se recusaram a enfrentar Sport e Guarani no quadrangular sugerido e o Rubro-Negro do Rio de Janeiro passou a se considerar como campeão por ter sido o vencedor de seu módulo.
Como a CBF inicialmente considerou o Sport como campeão, o Flamengo desde então tenta judicialmente o reconhecimento de sua conquista. Na última decisão sobre o caso, em agosto deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou o Sport como único campeão de 1987.
Para isso, a Corte considerou inviável recurso apresentado pela CBF contra a decisão anterior do Tribunal Regional da 5ª Região (TRF-5), que havia declarado o Sport como único campeão.









