CIDADES
Indígenas ocupam sede da Funai em Altamira e pedem suspensão imediata do projeto Belo Sun

Cerca de 200 indígenas dos povos Xikrin, Xypaia, Arara e Juruna ocupam desde segunda-feira (8) a sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Altamira, sudoeste do Pará. A mobilização visa pressionar o governo federal frente ao avanço de megaprojetos na Volta Grande do Xingu — com destaque para a mineração de ouro da Belo Sun, apontada como ameaça direta aos modos de vida tradicionais e ao equilíbrio ambiental da região.
Participam da ação representantes de seis territórios: Terra Indígena (TI) Ituna-Itatá, TI Cachoeira Seca, TI Paquiçamba, Território Juruna, Território Pacajaí e TI Trincheira-Bacajá.
As lideranças pediram a abertura de uma mesa de negociação com autoridades federais e, na terça-feira (9), enviaram um ofício com dez reivindicações ao Ministério Público Federal (MPF), Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Funai, Agência Nacional de Águas (ANA), 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, Sesai e Secretaria de Educação Profissional Indígena (Sepi).
A demanda principal é a paralisação imediata do projeto Belo Sun e o encerramento do processo de licenciamento ambiental da mineradora canadense Belo Sun Mineração Ltda. Os povos também solicitam a realização de estudos de impacto específicos sobre as terras Xikrin e demais territórios da Volta Grande do Xingu.
De acordo com as lideranças, a suspensão do empreendimento é urgente para garantir a proteção territorial e a segurança das comunidades que vivem na região.









