CIDADES
Bloqueio na Ponte Internacional entre Brasil e Bolívia encerra após 6 dias de protesto estudantil

Subtítulo: Mobilização contra aumento de 150% em taxas universitárias foi desmantelada na tarde de segunda; risco de adesão de caminhoneiros acelerou negociações
Após seis dias de interdição, o bloqueio da Ponte Internacional entre Brasil e Bolívia foi encerrado na tarde de segunda-feira (15). A liberação do local foi registrada pela equipe do jornal O Alto Acre, que acompanhou a retirada das barreiras iniciada no início da tarde.
O protesto foi organizado por estudantes da Universidade Amazônica de Pando (UAP), em Cobija (Bolívia), em reação a um aumento considerado abusivo das taxas universitárias — especialmente para acadêmicos estrangeiros — que chegou a quase 150%. Durante o período de bloqueio, apenas o transporte internacional foi afetado, provocando transtornos e preocupação com possível desabastecimento de alimentos e combustíveis na região fronteiriça.
Horas antes do fim da manifestação, motoristas de caminhões anunciaram possibilidade de aderir ao movimento, o que ampliaria os impactos econômicos e logísticos. Diante do risco de agravamento e da repercussão nacional que o protesto ganhava, foram iniciadas conversações para buscar uma solução.
Os manifestantes informaram que o movimento contou com apoio de populares, lideranças políticas, forças de segurança e da maioria dos acadêmicos, que compreenderam as reivindicações. As críticas foram direcionadas ao reitor da UAP, que, segundo a imprensa local, minimizou a mobilização.
O reitor não está em Cobija e encontra-se em La Paz, negociando com instâncias superiores. Um comunicado oficial pode ser divulgado a qualquer momento, com informações sobre um possível acordo que pode envolver a revisão das taxas e a permanência ou não da atual gestão à frente da universidade.









