O coronel Muniz é filho do Francisco Paixão Muniz e da dona Maria Zulmira Ximenes. É o caçula de quatro irmãos, Sula, Onildo e Orlando. Quando tinha 16 anos de idade foi a passeio para Manaus, numas férias tiradas pela família, ficou na casa de um tio para estudar e não voltou mais, senão para passear no Acre. Mesmo tendo formado a família no seringal, o casal Paixão e Zulmira se preocupou cedo em levar a gurizada para próximo dos estudos, tanto que todos são formados e trabalham em posições estratégicas no serviço público.
Até ser nomeado essa semana para o comando do Corpo de Bombeiros do Amazonas, onde vai comandar perto de 1,5 mil homens, o coronel Muniz precisou pagar um preço, renunciando muita coisa para estudar, sempre em escola pública. Terminou o ensino médio em Manaus, se destacando como um dos melhores alunos. Em seguida foi aprovado no vestibular para cursar economia pela Universidade do Amazonas (UFAM), entre os primeiros. Depois foi selecionado para o Exército Brasileiro como oficial temporário, onde ficou sete anos. No concurso para oficiais do Bombeiros, que fez logo após sair do Exército, alcançou a nona colocação.
Essa semana o nome desse acreano, nascido nas barrancas do maior rio de Feijó, saiu no Diário Oficial do Estado do Amazonas, nomeado para ocupar um dos postos mais cobiçados pelos oficiais, o de comandante. Para os amazonenses ele promete a lealdade a tropa e ao governador Wilson, para o Acre nunca esquecer da terra onde nasceu e onde os pais e irmãos vivem. Ao AcreNews o comandante disse estar honrado por ter sido lembrado entre tantos oficiais para comandar uma instituição centenária e mandou um abraço a todos os acreanos na pessoa do governador Gladson Cameli. “Inclusive minha irmã é chefe de gabinete aí no governo dele”, disse. A irmã é a professora Sula, chefe de gabinete da direção do Deracre.