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BRASIL

Assassinato no PR: irmão de bolsonarista nega que crime foi político

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José Guaranho, policial que matou o petista Marcelo Arruda
Reprodução

José Guaranho, policial que matou o petista Marcelo Arruda

Os familiares do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que assassinou a tiros o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda no último sábado, afirma não acreditar que a motivação do crime seria relacionada a questões políticas.

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o irmão do atirador, John Lenon Araújo, disse que Guaranho fazia uma ronda no clube onde acontecia festa, o Aresf (Associação Recreativa e Esportiva de Segurança Física). O irmão disse que o Guaranho era associado do clube e visitava o local com frequência.

A investigação está apurando se o policial penal não foi até a festa com temática petista depois de ter acesso a imagens das câmeras do local. Araújo afirma que o crime não teve motivação política.

“Eu tenho certeza que ele estava ali defendendo a família dele, foi somente isso. Não teve nada a mais do que isso. Meu irmão não estava nem aí que o cara era Lula, aniversário era do Lula, tema do Lula. Pra gente isso é indiferente, tenho certeza que para o meu irmão também. O cara é que, quando ouviu uma música do Bolsonaro, infelizmente, perdeu a linha” , disse o irmão do atirador.

Araújo disse também que Guaranho tinha amigos com ideais políticos contrários aos que ele expressa em suas redes sociais. “Ele não estava nem aí se o cara era PT ou não. Tem vários amigos nossos que são da esquerda, que frequentam a minha casa, frequentam a casa dele, nunca tivemos problemas com isso” , disse.

Segundo ele, o atirador não era um apoiador “fanático” do presidente Jair Bolsonaro (PL), nunca foi em uma passeata ou participou de algum ato politico vinculado ao presidente. Araújo afirma que o irmão só se manifestava nas redes sociais.

Nas redes, Guaranho se coloca como um defensor do porte de armas. Ele também se diz contra o aborto e a liberação do uso de drogas. Entre as publicações feitas pelo policial penal, há inúmeras de apoio ao presidente Bolsonaro, uma selfie com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), críticas à Rede Globo e ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A mãe de Guaranho, Dalvalice Rosa, disse que a situação tem 2 lados e que está vivendo “um pesadelo”.

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No momento, o atirador está sedado em assistência ventilatória mecânica e com circulação sanguínea estável, sem previsão de alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no hospital municipal de Foz do Iguaçu (PR). O quadro de saúde dele é grave. A informação foi divulgada nesta terça (12) pela SESP-PR (Secretaria da Segurança Pública do Paraná) e a Polícia Civil do Estado.

Em nota divulgada também nesta terça, os advogados que representam a família de Marcelo Arruda atestam que a morte do guarda municipal foi motivada “por ódio em face de razões políticas”.

Os representantes dizem que Guaranho “colocou a vida de dezenas de pessoas em risco”. Também afirmam que o guarda municipal teve “atitude corajosa” e que por “repelir a injusta agressão, evitou que mais pessoas fossem mortas”.

Segundo os advogados, “mais de 11 projéteis não deflagrados foram encontrados na pistola do assassino o que demonstra o potencial ofensivo e letal do ataque”.

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Fonte: IG Nacional

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