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BRASIL

Brasil corre risco de ter tsunami? Quais as áreas mais suscetíveis

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Em 2011, um terremoto de magnitude 9, seguido por tsunami (ondas de 38m de altura), arrasou a costa leste de Honshu, a maior ilha japonesa. Deixou 16 mil mortos, 5 mil feridos, 4,6 mil desaparecidos e 130 mil desabrigados (300 mil imóveis destruídos). Prejuízo de US$ 309 bilhões (R$ 1,5 trilhão). Foto: wikimedia commons / Flipar

Um terremoto de magnitude 8,8 abalou nesta terça-feira, 29, a pensínsula de Kamchatka, na Rússia. Segundo o serviço geológico dos Estados Unidos, o terremoto está perto das maiores marcas já registradas na história, o maior desde 2011.

Como resultado, o Japão emitiu um alerta de evacação sobre o risco de tsunami com ondas de até três metros de altura.  Moradores das regiões que vão desde a ilha de Hokkaido, ao norte, até a prefeitura de Wakayama, a centenas de quilômetros ao sul, foram orientados a evacuar o litoral.

Os tremores provocaram tensão por toda a região do Oceano Pacífico, onde se concentram muitos casos parecidos. Em dezembro de 2024, um terremoto atingiu o pequeno arquipélago de Vanuatu, no Pacífico Sul, destruindo edifícios, incluindo um que abrigava embaixadas, e deixando um saldo preliminar de seis mortos, segundo a ONU. Mas o que torna certas áreas do mundo mais vulneráveis a esses eventos?

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Como se formam os tsunamis

De acordo com o sismólogo Diogo Coelho, do Observatório Nacional, tsunamis geralmente são causados por movimentos verticais no fundo do oceano, provocados por terremotos de grande magnitude. “Esses deslocamentos criam ondas que se propagam pelo oceano e ganham força ao se aproximar da costa, causando destruição significativa em áreas vulneráveis”, explica.

Outras causas incluem erupções vulcânicas e deslizamentos submarinos, mas a principal fonte está associada às zonas de subducção, onde placas tectônicas colidem.

Regiões mais vulneráveis a tsunamis

Segundo Coelho, a vulnerabilidade do Pacífico está diretamente relacionada à presença das cordilheiras submarinas e das zonas de subducção que circundam a região.

As áreas de maior risco estão localizadas nas proximidades dessas falhas geológicas e incluem:

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Anel de Fogo do Pacífico: países como Japão, Indonésia, Filipinas e os arquipélagos do Pacífico, incluindo Vanuatu, concentram grande parte da atividade sísmica do planeta devido ao encontro das placas tectônicas.
Costa oeste da América do Sul: do Chile ao Peru, a subducção da placa de Nazca sob a placa Sul-Americana é um fator determinante para terremotos e tsunamis.

E o Brasil?

No Atlântico Sul, a probabilidade de tsunamis é extremamente baixa, afirma Coelho. O Brasil está posicionado longe de zonas de subducção, por isso está protegido de eventos desse tipo. O único registro histórico ocorreu em 1755, quando o terremoto que destruiu Lisboa gerou ondas que chegaram, com impacto reduzido, à costa norte brasileira.

“O Atlântico não possui as características geológicas ideais para a formação de tsunamis, como grandes cadeias montanhosas submarinas ou falhas com movimentações verticais significativas”, afirma o especialista. Apesar disso, ele alerta que a possibilidade não é completamente nula, especialmente em casos de deslizamentos submarinos associados a terremotos.

 

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