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Brasil lidera aliança global por transição energética justa em carta assinada por 17 países

Nova York, EUA – Em um movimento estratégico durante a abertura da Assembleia Geral da ONU e a New York Climate Week, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 16 chefes de Estado e de governo assinaram uma carta conjunta defendendo uma transição energética justa e equitativa. O documento, divulgado nesta segunda-feira (22), reforça a urgência de acelerar a produção e o consumo de energias limpas, em consonância com os compromissos firmados na COP28.
O acordo surge como um preparativo para as discussões que ocorrerão na COP30, que será sediada em Belém, em novembro. A carta reconhece que os investimentos em energia limpa já superam os destinados a combustíveis fósseis, mas destaca a persistência de desigualdades regionais, especialmente a falta de financiamento em países africanos e asiáticos.
Para impulsionar a transição energética global, os líderes anunciaram a criação do Fórum Global de Transições Energéticas. Este espaço de cooperação reunirá governos, bancos, empresas e instituições internacionais, com o objetivo de ampliar investimentos, reduzir riscos e apoiar países em desenvolvimento. A meta ambiciosa é instalar 11 terawatts de capacidade em energias renováveis até 2030, além de triplicar a geração limpa e dobrar a eficiência energética no mesmo período.
O documento também enfatiza a necessidade de reformas na arquitetura financeira global, visando viabilizar investimentos e garantir que os compromissos climáticos se traduzam em ações concretas. Os signatários alertam que esta década é crucial para determinar se o mundo conseguirá avançar em direção a um futuro mais sustentável, equitativo e próspero.
A carta é assinada por representantes de: Austrália, Bangladesh, Barbados, Brasil, Canadá, República Democrática do Congo, Comissão Europeia, Granada, Haiti, Jamaica, Quênia, Noruega, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Uruguai, Agência Internacional de Energia e Agência Internacional de Energia Renovável, demonstrando um amplo apoio internacional à causa da transição energética justa.
