Brasil registra queda no analfabetismo, mas metas do PNE ainda não foram alcançadas

O Brasil registrou uma redução no número de pessoas analfabetas em 2023, com 9,3 milhões de indivíduos com mais de 15 anos incapazes de ler e escrever, o que representa 5,4% da população nessa faixa etária. Esses dados foram divulgados pela Pnad Contínua: Educação 2023 do IBGE. Apesar da queda de 0,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, o país ainda enfrenta desafios para atingir as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação.

O PNE, lançado em 2014, previa a erradicação do analfabetismo absoluto para maiores de 15 anos até 2024. No entanto, os resultados atuais indicam que essa meta pode não ser alcançada este ano. A pesquisa também revela que a taxa de analfabetismo aumenta com a idade, sendo mais expressiva entre os idosos, com 15,4% dos indivíduos acima de 60 anos sem saber ler ou escrever.

A região Nordeste concentra mais da metade dos analfabetos do país, com uma taxa de analfabetismo de 11,2% entre maiores de 15 anos e alarmantes 31,4% entre pessoas acima de 60 anos. Em contrapartida, o Sul apresenta a menor taxa de analfabetismo, seguido pelo Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

As metas estabelecidas pelo PNE incluíam elevar a taxa de alfabetização para 93,5% até 2015 e erradicar o analfabetismo absoluto até o final deste ano. Embora a meta intermediária tenha sido alcançada apenas em 2017, a erradicação total do analfabetismo ainda é um desafio diante do cenário atual.

A educação é fundamental para o desenvolvimento e inclusão social. É essencial que esforços sejam direcionados para garantir o acesso à educação e a alfabetização de todos os brasileiros, independentemente da idade ou região em que vivem. A superação do analfabetismo é um passo crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.