Brasil se destaca ao oferecer vacina contra dengue no sistema público de saúde

O Ministério da Saúde anunciou recentemente uma decisão histórica: a incorporação da vacina Qdenga, que combate a dengue, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa medida, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a oferecer essa vacina de forma universal e gratuita.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a importância dessa conquista, destacando que a vacinação contra a dengue terá início em fevereiro. No entanto, devido à capacidade limitada de produção do imunizante pela farmacêutica Takeda, a disponibilização em larga escala não será possível inicialmente.

Diante disso, será necessário priorizar áreas e grupos mais vulneráveis. O Ministério da Saúde está em negociações com a empresa para uma possível transferência de tecnologia, visando aumentar a produção e atender à demanda do país.

A decisão de incorporar a vacina foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec), que recomendou sua inclusão. Agora, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalhará em conjunto com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a estratégia de utilização das doses disponíveis, priorizando regiões com maior incidência da doença.

O laboratório Takeda planeja entregar cerca de 5 milhões de doses da vacina em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.

Para agilizar o processo de incorporação, foi realizada uma consulta pública em caráter de urgência, que recebeu mais de 2 mil contribuições. Durante as negociações com a fabricante, o Ministério da Saúde conseguiu reduzir o custo por dose em 44%, passando de R$ 170 para R$ 95.

É importante ressaltar que a vacina Qdenga já é utilizada em países da União Europeia, EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega), Grã-Bretanha, Irlanda do Norte, Indonésia, Tailândia e Argentina.

Essa incorporação da vacina contra a dengue ao SUS representa um avanço significativo na prevenção e combate a essa doença que afeta milhares de pessoas no Brasil. Com essa medida, o país dá mais um passo importante na proteção da saúde da população.