BRASIL
Crianças brasileiras e palestinas brincam em praia no Egito após deixar Gaza; veja
Foram 35 dias de espera, ansiedade e medo até que o grupo de 32 brasileiros conseguissem deixar a Faixa de Gaza, em meio a escala dos bombardeios das Forças de Defesa de Israel (IDF) ao território palestino, após os ataques do Hamas de 7 de outubro.
Neste domingo, 12, o grupo conseguiu cruzar a fronteira de Rafah para serem repatriados ao Brasil. Antes de chegarem ao Cairo, capital do Egito, o grupo fez uma parada na cidade de Al Arish onde voltaram a ver o mar. Nas imagens compartilhadas por Hasan Rabee é possível ver crianças, palestinas e brasileiras, brincando na areia.
“Eles estavam presos por 35 dias. Chegamos aqui para almoçar e todo mundo correu para a praia”, diz ele nas imagens. Hasan, um palestino com cidadania brasileira, vem fazendo espécie de ‘diário de guerra’ nas redes.
O grupo é composto por 17 crianças, nove mulheres e seis homens. 22 brasileiros e 10 palestinos familiares dos brasileiros. A expectativa é que eles passem a noite na capital egípcia e embarquem amanhã, 13, por volta do meio-dia (horário local) no avião da Presidência, que já está há um mês no Cairo à espera deles, rumo ao Brasil.
A estimativa da Força Aérea Brasileira (FAB) é de que sejam feitas escalas técnicas em Roma, na Itália, depois em Las Palmas, na Espanha, e uma última na Base Aérea de Recife, já em território nacional, antes da aterrissagem em Brasília.
“Eu queria relembrar que eles receberam todo o apoio de nossa representação em Ramala. Foi proporcionado um local onde ficaram abrigados por cerca de três semanas. Tiveram transporte para o ponto de fronteira, auxílio financeiro para cruzar a fronteira. Um comboio foi organizado para levá-los ao Cairo. O avião da Presidência já está há quase um mês no Cairo à espera deles”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, numa coletiva de imprensa na tarde deste domingo.
Desde o início do conflito mais de 11 mil palestinos morreram, sendo 4.500 crianças e 3.027 mulheres, e mais de 27 mil ficaram feridos. Do lado israelense o número de mortes permanece praticamente inalterado desde os ataques de 7 de outubro organizado pelo Hamas, com 1.405 israelenses mortos, 5. 600 feridos e 200 reféns raptados pelo Hamas.