A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 8,8% no trimestre encerrado em março deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (28/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O total de pessoas sem emprego no país chegou a 9,4 milhões, alta de 10% (860 mil pessoas) em relação ao trimestre imediatamente anterior. A taxa de desocupação subiu 0,9 ponto percentual na comparação com o último trimestre do ano passado, quando estava em 7,9% .
Em relação ao primeiro trimestre de 2022, no entanto, houve queda de 21,5% na taxa de desemprego (2,5 milhões de pessoas sem emprego a menos). Na ocasião, o índice era de 11,1%.
O índice de desemprego de março veio abaixo do esperado pelo mercado. O consenso Refinitiv projetava taxa de desocupação pouco maior, de 9%.
“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, observa Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Segundo Beringuy, “esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”.
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