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BRASIL

Gripe aviária: governo confirma 1º foco em granja comercial no Brasil

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Segundo o governo, Serviço Veterinário brasileiro está sendo treinado e equipado para o enfrentamento da gripe aviária desde os anos 2000 Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura / Estadão

O Brasil registrou seu primeiro foco de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, IAAP) em uma granja comercial, informou o Ministério da Agricultura em nota oficial divulgada nesta sexta-feira, 16.

O caso foi confirmado na quinta-feira, 15, em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) de aves comerciais em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, segundo a pasta.

“Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa”, disse a pasta.

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Gripe aviária no Brasil

O ministério declarou emergência zoossanitária no município de Montenegro por 60 dias em virtude da detecção do caso. O estado sanitário é válido para um raio de 10 km ao redor do foco detectado da doença.

Outra portaria do ministério, de 4 de abril, estabelece o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por 180 dias em virtude da detecção do vírus em aves silvestres.

Em nota, o ministério esclareceu que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, informou o ministério.

De acordo com o ministério, as medidas de contenção e erradicação do foco previstas no Plano Nacional de Contingência já foram iniciadas.

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“As medidas visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, afirmou a pasta.

Os parceiros comerciais do Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente serão comunicados do caso, segundo o ministério.

O ministério disse ainda que Serviço Veterinário brasileiro está sendo treinado e equipado para o enfrentamento da gripe aviária desde os anos 2000.

“Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil. Tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos”, explicou o ministério.

O Brasil vem registrando casos de gripe aviária em aves silvestres e domésticas (granjas de fundo de quintal) desde 2023, mas até o momento o sistema comercial não tinha sido afetado. Segundo a plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura, há 166 focos, sendo 163 em aves silvestres e três produção de subsistência (caseira), confirmados até o momento. Há outros três focos sendo investigados.

Foco é ‘pontual’

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) divulgaram comunicado conjunto no qual informam estão apoiando o Ministério da Agricultura e a Secretaria estadual da Agricultura do Rio Grande do Sul, após a constatação do foco de H5N1.

“Todas as medidas necessárias para o contingenciamento da situação foram rapidamente adotadas, e a situação está sob controle e monitoramento dos órgãos governamentais”, disseram as entidades na nota.

Elas ressaltaram a total transparência do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul “em relação à identificação, comunicação e contenção da situação, que é pontual”.

Ao mesmo tempo, as entidades confiam na rapidez das tratativas que serão adotadas pelo ministério e pela secretaria em todos os níveis, de tal forma que qualquer efeito decorrente da situação seja solucionado no menor prazo possível.

A ABPA e a ASGAV destacaram que a situação não representa qualquer risco ao consumidor final.

 

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