Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

BRASIL

Ministério da Saúde lança campanha de doação de órgãos; mais de 50 mil brasileiros aguardam na fila de transplante

Publicado em

Mais de 50 mil brasileiros aguardam na fila de transplante de órgãos para poder ganhar vida nova. Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (27), a campanha nacional para incentivar a doação de órgão, cujo tema de 2021 é: “Deixa todo mundo saber”.

O objetivo é reforçar a necessidade do doador externar sua vontade a familiares. “A legislação brasileira determina que a palavra final para a doação de órgãos é da família”, afirmou o ministro-substituto da Saúde, Rodrigo Cruz, durante a cerimônia de lançamento. Ele, que já se declara doador, reforçou a necessidade de não só comunicar a escolha: “É importante que a família dê o sim na hora”.

O ministério calcula que, em 2021, aproximadamente 38% das 2 mil famílias que se viram na situação de perder um ente querido e precisaram decidir sobre a doação de órgãos negaram a assistência. Para melhorar esse índice, a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes da pasta, Arlene Terezinha Badoch, frisou a importância de haver uma equipe bem preparada dentro dos hospitais.

Continua depois da publicidade

“A recusa familiar é diretamente proporcional ao acolhimento e preparo das pessoas que estão dentro dos hospitais. Não podemos trabalhar com profissionais que não tenham treinamento. Isso é um serviço muito técnico, tem que ter muita expertise, além do comprometimento”, disse Badoch. “É necessário um investimento na educação continuada, porque é assim que vamos mudar nossa realidade.”

A coordenadora de transplantes destacou, ainda, outros elementos que necessitam ser aprimorados para otimizar a doação que vão além da resposta positiva dos familiares. Um deles é a identificação de 100% dos pacientes com morte encefálica no Brasil e, portanto, potenciais doadores. Segundo ela, a média é de 100 mortes do tipo a cada um milhão de habitantes.

“Teríamos que ter 21 mil pessoas em morte encefálica. Identificamos hoje, a nível Brasil, em torno de 11 mil. Então temos um déficit de pessoas que não estão sendo identificadas”, afirmou Badoch. Outro ponto é reduzir as intercorrências que podem comprometer órgãos saudáveis durante o processo de declaração da morte. “Precisamos trabalhar massivamente a manutenção hemodinâmica para evitar paradas cardiorrespiratórias que são previsíveis e preveníeis durante o processo.”

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress