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BRASIL

No Brasil, um médico é agredido a cada três horas, mas Acre ignora o problema

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Uma pesquisa recente do Conselho Federal de Medicina (CFM) destaca uma realidade alarmante no Brasil: a violência contra médicos está aumentando, e o Acre se destaca como o único estado da federação que não possui dados sobre essa problemática. O levantamento, publicado pela Agência Brasil, revela que, a cada três horas, um médico é agredido enquanto exerce sua profissão em hospitais e clínicas, tanto públicas quanto privadas.

O estudo analisou boletins de ocorrência registrados entre 2013 e 2024 em delegacias de polícia civil de todos os estados brasileiros. Embora a maioria dos estados tenha fornecido dados, o Acre, juntamente com o Rio Grande do Norte, não apresentou as informações a tempo. Essa ausência de registros levanta preocupações sobre a visibilidade e o tratamento da violência contra médicos na região.

De acordo com o CFM, o Brasil registra uma média de nove casos diários de violência contra médicos, totalizando mais de 38 mil boletins de ocorrência nos últimos dez anos. Esses casos incluem agressões verbais e físicas, ameaças, injúrias, desacatos e até mortes suspeitas dentro de unidades de saúde. A maior parte das agressões ocorre em municípios do interior do país, e os agressores são, na maioria, pacientes, familiares de pacientes ou desconhecidos.

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O estudo ainda revela que 47% das vítimas de violência são mulheres. Os locais mais comuns para os ataques são os hospitais, especialmente em prontos-socorros e unidades de terapia intensiva. Esses dados indicam uma necessidade urgente de medidas de proteção e conscientização sobre a segurança dos profissionais de saúde.

Entre os estados brasileiros, São Paulo lidera em número absoluto de ocorrências, com mais de 18 mil registros. A capital paulista concentra 45% dos ataques, que ocorrem principalmente dentro de hospitais. O Paraná e Minas Gerais seguem na lista, com 3,9 mil e 3.617 casos, respectivamente.

No Paraná, a maior parte das agressões registradas refere-se a lesões corporais, com Curitiba concentrando 12% dos casos. Já em Minas Gerais, 22% dos ataques ocorreram em Belo Horizonte, evidenciando que a violência não é uma questão restrita a áreas remotas, mas uma preocupação crescente em centros urbanos também.

A ausência de dados sobre violência contra médicos no Acre não apenas oculta a gravidade da situação, mas também dificulta a implementação de políticas eficazes para proteger esses profissionais. Em um cenário em que a violência no ambiente de trabalho da saúde é uma realidade alarmante em todo o Brasil, é crucial que todos os estados, incluindo o Acre, reconheçam e enfrentem essa questão com seriedade, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro para os profissionais de saúde.

A luta contra a violência no setor de saúde é uma responsabilidade coletiva, e todos devem se unir para garantir a proteção e o respeito que esses profissionais merecem ao cuidar da saúde da população.

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