Oropouche: Norte do Brasil continua em alerta, mas Sudeste assume liderança em 2025

A febre Oropouche segue sendo um problema de saúde pública no Brasil, com um aumento significativo de casos em 2025. O Ministério da Saúde (MS) confirmou 2.791 casos em todo o país no primeiro semestre, representando um aumento de 74% em relação aos 1.596 casos registrados em 2024.

Embora a Região Norte tenha sido o epicentro da doença em 2024, com Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e Pará liderando as estatísticas, o cenário mudou em 2025. O Espírito Santo, com 2.652 casos, assumiu a liderança, seguido pelo Rio de Janeiro (99) e Minas Gerais (30).

É importante destacar que, apesar do aumento de casos, o boletim do MS não menciona óbitos por Oropouche em 2025.

A pesquisa da Fiocruz, publicada na revista Nature Medicine, revelou que o surto de 2024 na Amazônia foi causado por uma nova linhagem viral, a OROV BR-2015-2024, que pode ser mais transmissível e apresentar menor resposta a anticorpos.

A situação exige atenção das autoridades de saúde em todo o país, com foco na prevenção e no controle do mosquito transmissor, o Culicoides paraensis. Medidas como o combate à proliferação de mosquitos, a utilização de repelentes e a busca por atendimento médico em caso de sintomas são cruciais para evitar a disseminação da doença.