BRASIL
Persistência da tendência de aumento das síndromes respiratórias graves no Brasil tem destaque para o Acre, segundo Boletim InfoGripe
Recentemente divulgado, o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz trouxe à tona algumas mudanças no cenário epidemiológico do país. Enquanto a região Norte, que enfrentava um alerta devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19, apresenta uma diminuição, sete estados, incluindo o Acre, mostram um sinal de crescimento de SRAG a longo prazo.
O aumento observado nos estados mencionados está associado à Covid-19, conforme indicam os dados de faixa etária e resultados laboratoriais. Além disso, há um leve crescimento associado à Covid-19 na população idosa do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por outro lado, os estados do Norte, que foram os últimos a passar pelo ciclo recente de aumento de SRAG por Covid-19, agora demonstram uma possível interrupção e até mesmo indícios de queda. No entanto, é importante ressaltar que as eventuais internações decorrentes das infecções durante o período do Carnaval só serão refletidas nas próximas semanas.
No Centro-Sul do país, alguns estados já apresentam um início do processo de retomada do aumento das internações associadas à Covid-19. Além disso, também são observadas algumas internações pelo vírus influenza no Sul e Sudeste, em volume muito menor do que as relacionadas à Covid-19. A nível nacional, mantém-se o sinal de queda na tendência de longo prazo e crescimento na tendência de curto prazo.
Diante deste cenário, o pesquisador Marcelo Gomes faz uma recomendação importante aos foliões e à população em geral: estar atento a eventuais sintomas de resfriado ou quadros semelhantes à gripe e buscar atendimento médico caso necessário. O isolamento e o uso de máscara são medidas essenciais para prevenir a propagação tanto da Covid-19 quanto da gripe.
Nos últimos oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantêm o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19 continua afetando mais crianças com até 2 anos e a população acima de 65 anos. Outros vírus respiratórios como VSR e rinovírus também têm impacto significativo na incidência de SRAG em crianças pequenas.
Em resumo, as análises presentes no Boletim InfoGripe apontam para a necessidade contínua de atenção e cuidados preventivos diante do cenário das síndromes respiratórias graves no Brasil.