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BRASIL

Surto de gripe H3N2 se espalha por capitais com sintomas mais fortes que da covid

Publicado em

Getty Images

Nos últimos dias, hospitais de São Paulo têm ganhado filas de pacientes com sintomas gripais. O mesmo ocorreu recentemente em capitais como Rio de Janeiro e Manaus.

Em tempos de covid-19, é mais do que compreensível que sintomas der gripe despertem desconfiança, mas, como 2021 ainda não acabou, ele decidiu dar uma virada nessa história e nos apresentar a um novo surto de gripe, uma variante da H1N1, chamada H3N2.

“Nós estamos numa epidemia de H3N2, não tenho dúvidas disso. No consultório, estou atendendo vários casos, minha filha teve, vários amigos dela tiveram”, afirmou à “Folha de S. Paulo” a infectologista Nancy Bellei, professora da Unifesp e coordenadora da testagem do Hospital São Paulo.

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Segundo a média, em uma semana, já são 19 casos de internações. Surtos de gripe são comuns entre março e junho. Para se ter uma ideia, nesse período de pico do ano passado foram 12 casos ao todo.

No Rio de Janeiro, onde o surto foi detectado primeiro, o número de casos positivos aumentou em 10 vezes.

Embora a campanha de vacinação contra a gripe tenha conseguido imunizar 78% dos brasileiros, o imunizante não é eficiente contra a H3N2, uma cepa diferente, vinda da Austrália. Ou seja: mesmo vacinados podem contrair essa gripe.

Apesar do absurdo que é termos uma epidemia de H3N2 ao mesmo tempo em que vivemos uma pandemia de covid, há diferenças importantes entre os vírus.

Antes de mais nada, a H3N2 é menos letal que a covid. Mas seus sintomas são pesados e podem ser piores que os da covid leve. Eles incluem febre alta, calafrios, dor muscular, dor de cabeça, náusea, mal-estar, falta de apetite, e sensação de moleza, sem conseguir sair da cama.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, virologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, conta que há razões para vivermos essa epidemia: “A gente não tem surto em dezembro. Juntou tudo: a vacina que não protege muito, as pessoas que a tomaram há mais de seis meses e estão deixando de usar máscaras, estão se aglomerando”.

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Segundo o médico, a solução é uma só: seguir usando máscara, mantendo distanciamento e higienizando as mãos com álcool em gel.

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