A infectologista do Hospital das Clínicas e autora do estudo, Silvia Figueiredo Costa, explica que se as duas primeiras injeções tiverem sido de outro imunizante, como da AstraZeneca, por exemplo, a resposta dos anticorpos deve ser semelhante. Contudo, os estudos sobre terceira dose ainda são recentes e não é possível confirmar a hipótese.
O reforço não impede as formas leves da doença, mas protege da hospitalização: “Nós não tivemos nenhum caso, no Hospital das Clínicas, que tomou a terceira dose e tenha sido internado”, afirma Silvia, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Antes dos voluntários receberem a primeira dose da vacina, a taxa de soroconversão de anticorpos estava em 15,1% e totalmente relacionada ao contato da pessoa com o vírus. Após receberem a primeira dose, em fevereiro, a taxa subiu para 28,9%. Com a segunda dose, em abril, o percentual alcançou 89,5% e neste mês, após o reforço da Pfizer, chegou a 99,7%. Dentre os participantes, apenas quatro pessoas não apresentaram anticorpos contra a Covid-19.