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BRASIL

Um ano após início da vacinação, procura por imunizante contra dengue é baixa no Brasil

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Apesar do início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024, a procura pelo imunizante ainda está muito abaixo do esperado. De acordo com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde, apenas 3.205.625 doses foram aplicadas, de um total de 6.370.966 distribuídas.

A baixa adesão à vacinação preocupa as autoridades de saúde, principalmente considerando que a faixa etária de 10 a 14 anos, grupo-alvo da vacinação, é a que mais registra hospitalizações por dengue, apenas atrás de pessoas idosas, grupo não contemplado pela vacina.

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O Ministério da Saúde atribui a baixa procura à capacidade limitada de produção da vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda. A empresa priorizou o fornecimento de doses para o SUS, suspendeu a venda direta para estados e municípios e limitou o acesso à vacina na rede privada.

A vacina Qdenga, pré-qualificada pela OMS, é considerada segura e eficaz na proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. No entanto, a baixa disponibilidade de doses e a necessidade de um esquema vacinal com duas doses, com intervalo de três meses, podem estar contribuindo para a baixa adesão.

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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina, destacando que o imunizante está disponível em apenas 1,9 mil cidades, onde a dengue é mais frequente. A entidade também chama atenção para a circulação do sorotipo 3 da dengue, que não era predominante desde 2008, e deixa a população mais suscetível à infecção.

O Ministério da Saúde, por sua vez, afirma que a baixa disponibilidade de doses impede que a vacinação seja a principal estratégia de combate à dengue, priorizando ações de controle vetorial do mosquito Aedes aegypti. A pasta lançou o Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses e reativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para monitorar a situação da dengue no país.

Apesar dos esforços do governo, a baixa adesão à vacinação contra a dengue permanece um desafio, exigindo ações intensificadas de conscientização da população sobre a importância da imunização. A ampliação da produção da vacina também é crucial para garantir o acesso à dose a um número maior de pessoas, reduzindo o risco de complicações e combatendo a epidemia da dengue no Brasil.

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