Acre em Alerta: Mais de 800 casos de estupro em dez meses de 2024; um sinal de urgência

Os números são alarmantes e exigem uma resposta imediata: o Ministério Público do Acre (MPAC) divulgou dados que revelam a assustadora realidade dos crimes sexuais no estado. Entre janeiro e outubro de 2024, foram registrados 844 casos de estupro e estupro de vulneráveis – uma média de quase três crimes por dia. Essa estatística chocante evidencia a necessidade urgente de ações mais eficazes para combater a violência sexual no Acre.

Rio Branco concentra o maior número de ocorrências, com 356 casos (42,18% do total), seguido por Cruzeiro do Sul (87 casos – 10,31%), Tarauacá (45 casos – 5,33%) e Acrelândia (31 casos – 3,67%). A distribuição geográfica dos crimes demonstra a necessidade de estratégias de combate à violência sexual adaptadas às realidades específicas de cada região.

O levantamento destaca um aspecto ainda mais preocupante: a maioria esmagadora dos casos, 634 (75,12%), envolve estupro de vulneráveis. Este crime, definido pela legislação como a prática de ato libidinoso ou conjunção carnal com menores de 14 anos ou indivíduos incapazes de consentir, revela a vulnerabilidade de crianças e adolescentes no estado. Os outros 210 casos (24,88%) foram classificados como estupro sem qualificadora.

A gravidade desses números exige uma resposta contundente das autoridades e da sociedade como um todo. É preciso investir em políticas públicas de prevenção, proteção e punição dos agressores, além de fortalecer os mecanismos de denúncia e apoio às vítimas. A omissão não é uma opção; a luta contra a violência sexual no Acre precisa ser uma prioridade absoluta. A sociedade acreana precisa se unir para exigir justiça e garantir a segurança e o bem-estar de suas crianças e mulheres.