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CIDADES

Alvo de operação na Favela do Moinho é irmã de traficante e se apresentava como líder comunitária

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Famílias estão sendo removidas pelo Governo Estadual para a demolição da Favela do Moinho, uma das últimas da região central Foto: Tiago Queiroz / Estadão / Estadão

A operação das Polícias Militar e Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, na Favela do Moinho, centro de São Paulo, tinha como um dos alvos Alessandra Moja, irmã de Leonardo Moja, o Leo do Moinho, acusado de ser o chefe do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) no centro. Léo foi preso no ano passado.

De acordo com o Ministério Público, Alessandra transmitia as informações sobre os acontecimentos dentro da favela e recebia ordens de dentro da prisão.

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Alessandra se apresentava como líder comunitária e presidente da Associação de moradores da Favela do Moinho. Ela foi presa na manhã desta segunda-feira.

São cumpridos dez mandados de prisão preventiva e outros 21 de busca e apreensão, especialmente na região da Favela do Moinho.

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Além de Alessandra, também foram presos Jorge de Santana, suspeito de armazenar drogas no seu estabelecimento dentro da favela, Yasmin Moja (filha de Alessandra), José Carlos da Silva, que seria substituto de Leonardo após a prisão dele, Leandra Maria, Paulo Rogério e Cláudio Celestino.

O Estadão tenta localizar as defesas de todos os alvos. Rodrigo Benetti, advogado de Leonardo Moja, afirma que ainda não recebeu a notificação das prisões relacionadas ao suspeito. A defesa diz que vai provar a inocência de Leonardo.

“Todos que estão sendo presos trabalham para o Léo do Moinho que, mesmo da cadeia, ainda controla o tráfico e as extorsões a moradores, através de seus irmãos”, diz Lincoln Gakiya, promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo do MP e que investiga o PCC há mais de vinte anos.

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Segundo o MP, a operação desta manhã é desdobramento da deflagrada no dia 6 de agosto de 2024 com o objetivo de desarticular ações do crime organizado na Cracolândia.

No final de junho, o Estadão mostrou que a comunidade é apontada pelos promotores do MP como “bunker” usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para armazenar e distribuir drogas para o centro e outras áreas da cidade.

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A comunidade abastecia várias regiões da cidade, entre elas, a concentração de usuários conhecida como Cracolândia, que ocupava a rua dos Protestantes. As operações policiais na Favela do Moinho, entre outros fatores, contribuíram para o esvaziamento da Cracolândia, de acordo com promotores do MP.

Hoje, dependentes químicos continuam espalhados em outras vias do centro de São Paulo. Agora, porém, estão em número total menor e também em grupos menores.

 

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