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Após afogamentos na ‘Cachoeira do Abraão’, prefeitura de Porto Acre se nega a realizar as sinalizações
Após duas tragédias por afogamento na “Cachoeira do Abraão”, em Porto Acre, a falta de sinalização no local tem gerado preocupação e questionamentos sobre a responsabilidade da prefeitura. Mesmo diante das recomendações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, a gestão municipal se recusa a falar sobre a instalação de placas de alerta aos banhistas. A ausência de medidas preventivas levanta questionamentos sobre a segurança dos frequentadores do Rio Acre nessa região.
Após o primeiro óbito, ocorrido em 1º de outubro, a Defesa Civil de Rio Branco orientou a colocação das placas de sinalização, visando alertar sobre os perigos e riscos presentes no local. O Corpo de Bombeiros também reforçou essa recomendação durante uma reunião com membros da gestão municipal em 4 de outubro, antes do segundo afogamento ocorrer.
O assessor jurídico da prefeitura, João Paulo, confirmou que houve orientação para a sinalização por parte do Corpo de Bombeiros, mas não informou se as medidas foram efetivamente tomadas após a segunda morte. Segundo ele, a responsabilidade da prefeitura se limita à sinalização de acesso ao local, enquanto outras medidas, como uma possível interdição, não estão sob sua prerrogativa.
Uma observação feita é que desde o primeiro incidente, o prefeito Bené Damasceno e seu vice Augusto têm se recusado a comentar o assunto ou fornecer informações à imprensa. Além disso, a ausência de um assessor de imprensa dificulta ainda mais o repasse de informações claras e transparentes à população.
Nesse contexto, é importante reforçar que as vítimas dessas tragédias foram jovens: Cauã Ricardo Nascimento Silva e Eduardo Lima Silva, ambos com suas vidas interrompidas de forma trágica. Os dois jovens tinham 19 anos.