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Após fuga, Presídio Federal de Mossoró recebe R$ 36,4 milhões em obras de segurança
Cinco meses após a fuga inédita de dois detentos acreanos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, se prepara para receber uma reforma milionária com foco na segurança. As obras, orçadas em R$ 36,4 milhões, incluem a construção de um muro perimetral, a reforma e o reforço de torres de vigilância e do posto de controle com chapas de proteção balística.
A fuga dos detentos acreanos em fevereiro expôs falhas no sistema de segurança da unidade, principalmente a ausência de um muro perimetral, que facilitou a fuga da dupla. Os presos, utilizando um alicate encontrado no canteiro de obras, cortaram o alambrado externo e escaparam.
Um estudo técnico encomendado após a fuga apontou a necessidade urgente de reforçar a segurança externa da penitenciária. “A fuga evidencia falhas no sistema de segurança e levanta questões sobre a eficácia das medidas adotadas para conter a evasão de detentos”, destaca o documento.
A construção do muro perimetral, que custará R$ 15,4 milhões, é considerada crucial para evitar novas fugas. O estudo também destaca a capacidade de planejamento dos detentos, que abriram buracos no teto de suas celas antes de fugir, demonstrando a necessidade de medidas mais eficazes para impedir a evasão.
A fuga dos acreanos, que foram recapturados em abril, após 51 dias, reacendeu o debate sobre a segurança em presídios federais. Em 2022, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) registrou outras duas tentativas de fuga em unidades federais, uma em Catanduvas (PR) e outra em Mossoró.
A reforma milionária na penitenciária de Mossoró visa garantir maior segurança e impedir novas fugas, reforçando a importância de investimentos em infraestrutura e tecnologia para o sistema prisional.