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Bloqueio de quase R$ 6 bi, carros de luxo: veja o balanço da operação contra lavagem de dinheiro do PCC

A segunda fase da Operação Falso Mercúrio, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo na manhã desta quinta-feira, 4, resultou no bloqueio de quase R$ 6 bilhões nas contas dos investigados, na apreensão de carros de luxo, e no sequestro e indisponibilidade de 49 imóveis, cujo valor total é de R$ 170 milhões.
A operação, que mirou o ecossistema financeiro de uma rede responsável por lavar dinheiro para a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), contou com o cumprimento de 54 mandados, sendo seis de prisão e 48 de busca e apreensão, na Região Metropolitana de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, os quase R$ 6 bilhões bloqueados são oriundos de 57 contas bancárias bloqueadas pela Justiça, sendo 20 de pessoas físicas e 37 de pessoas jurídicas. Cada conta pode ter o bloqueio de até R$ 98 milhões.
Além de apreender modelos de luxo, ao menos 257 veículos receberam restrições judiciais, ou seja, não podem ser vendidos, nem utilizados. Ademais, 49 imóveis, com valor total somado de R$ 170 milhões, tiveram decretados o sequestro e indisponibilidade.
Diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado Ronaldo Sayeg destacou os bloqueios judiciais como o principal êxito da operação deflagrada nesta quinta-feira.
“Os carros, mesmo que nem todos tenham sido apreendidos hoje, estão bloqueados e vinculados a esse processo. Não podem ser vendidos nem usados. Esses criminosos também tiveram as contas bancárias bloqueadas e não conseguem fazer muita coisa sem o dinheiro, além dos 49 imóveis e das três embarcações que também estão com restrição”, disse.
2ª fase da Operação Falso Mercúrio
A Polícia Civil de São Paulo faz uma operação na manhã desta quinta-feira, 4, contra um grupo suspeito de prestar serviços de lavagem de dinheiro ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O objetivo era ocultar dinheiro vindo de crimes como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar.
Também foi determinado o sequestro de 49 imóveis, de três embarcações e 257 veículos em nome dos investigados. Ao menos 20 pessoas físicas e outras 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.
A Operação, batizada de Falso Mercúrio, conta com 100 policiais civis de todas as delegacias do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O que dizem as investigações?
Segundo as apurações, os criminosos montaram uma “estrutura sofisticada” de lavagem de dinheiro. Essa rede operava com três núcleos principais, cada um com funções específicas para fazer com que o esquema funcionasse. As divisões eram as seguintes:
coletores, responsáveis por arrecadar os valores ilícitos;
intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os recursos; e
beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já legitimado.
Os envolvidos e os itens apreendidos serão levados à 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde os casos serão registrados. As ações seguem em andamento.
“É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita. Hoje, nós avançamos contra essa rede criminosa”, disse o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, que acompanhou a saída das equipes para a ação policial.









