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“Calote” em Cruzeiro do Sul: Rose Araújo denuncia falta de pagamento por trabalho na campanha de Jéssica Sales
A prestadora de serviços Rose Araújo, que trabalhou na campanha da candidata a prefeita Jéssica Sales (MDB) em Cruzeiro do Sul, usou as redes sociais para denunciar o não pagamento pelo trabalho realizado durante as eleições. Rose afirma que o valor final de R$ 500, pago pela campanha, ficou muito abaixo do combinado inicialmente. Em uma transmissão ao vivo no Instagram, ela relatou a frustração e indignação com a situação, acusando a família Sales, responsável pela administração da campanha, de não honrar os acordos.
Segundo Rose, o pai e o irmão de Jéssica Sales, Vagner e Fagner, respectivamente, não cumpriram com os pagamentos acordados com ela e outros colaboradores. Além da falta de pagamento, Rose critica a postura arrogante da família Sales em relação aos seus funcionários. “Essas pessoas perdem eleição porque acham que pessoas como nós são descartáveis”, disse Rose. “É por isso que perdem eleição. Pela arrogância”.
A prestadora de serviços atribui a derrota de Jéssica Sales à forma como a família Sales tratava seus colaboradores. “Sinto muito, Jéssica. Eu sinto muito por você, por ter um irmão e um pai tão arrogante, que faz você perder campanha, faz você perder voto pela forma de ajudar as pessoas”, lamentou Rose.
Rose ainda destaca que não tem medo de processar a família Sales para receber o que considera justo. “A gente semeia, amanhã a gente colhe. Lembre-se disso, seu Vagner Sales, vocês não são donos de Cruzeiro do Sul, não”, afirmou. “Cruzeiro do Sul não foi construída só por vocês, não. Tem várias famílias aqui que têm história, que construíram essa cidade. Vou meter processo e não tenho medo de ninguém porque tenho como provar tudo que estou dizendo. Não é vingança. É justiça”, completou Rose, emocionada.
A denúncia de Rose Araújo reforça o que outros colaboradores da campanha de Jéssica Sales já haviam relatado: a falta de pagamento pelos serviços prestados. A deputada estadual Antônia Sales, mãe de Jéssica, havia justificado o valor pago alegando que os colaboradores assinaram contrato como voluntários e que os R$ 500 eram uma ajuda de custo. No entanto, Rose e outros colaboradores contestam essa versão, afirmando que os valores combinados eram bem maiores.
O caso levanta questionamentos sobre a ética e a transparência na gestão de campanhas políticas, além de gerar um debate sobre a importância de garantir o pagamento justo aos colaboradores.