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CIDADES

Caso de Estelionato em Cruzeiro do Sul: empresária ainda Não depôs devido a “Condições Emocionais”, diz Delegado

Publicado em

Foto: Ac24Horas

Cruzeiro do Sul, Acre – A investigação sobre as acusações de estelionato contra uma empresária local, proprietária de uma academia em Cruzeiro do Sul, segue em andamento, mas a acusada ainda não foi ouvida pela polícia. Segundo o delegado Lindomar Ventura, responsável pelo caso, a empresária Keite Mayara Lopes não se encontra em condições emocionais para prestar depoimento, conforme recomendação médica.

A empresária foi denunciada na Delegacia de Polícia Civil por 11 pessoas, que alegam ter entregue a ela quantias que variam entre R$ 20 mil e R$ 350 mil. As vítimas relatam que a empresária acessava os recursos sob diferentes pretextos, o que levanta suspeitas sobre a natureza das transações.

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O delegado Ventura explicou que a investigação é complexa e que os Boletins de Ocorrência (BOs) apresentam diferentes versões sobre os fatos. “Em alguns dos BOs registrados, a suposta vítima fala em empréstimos. Em outros BOs se fala numa pirâmide, numa plataforma de investimento”, detalhou o delegado. Ele acrescentou que as pessoas que registraram as ocorrências estão sendo convocadas a apresentar documentos e comprovantes das movimentações financeiras.

Um dos desafios da investigação é que, segundo o delegado, a maioria das negociações foram feitas verbalmente, sem contratos formais, o que dificulta a apuração dos fatos. “Isso dificulta ainda mais para a gente saber como estavam sendo feitas todas essas negociações”, afirmou.

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O delegado informou que algumas das vítimas que registraram as ocorrências procuraram a delegacia para renunciar à representação contra a empresária, o que indica que pode ter havido acordos entre as partes. “Algumas pessoas que fizeram registros das ocorrências voltaram para renunciar a representação, ou seja, significa que já houve algum tipo de acordo entre as partes”, explicou.

O delegado Ventura ressaltou que o crime de estelionato só pode ser processado mediante representação da vítima. Ele explicou que cada caso será analisado individualmente para verificar se há indícios de estelionato. “O estelionato se caracteriza com a prática, a conduta da pessoa em levar a outra a erro, causando-lhe ali um prejuízo. Então é preciso verificar na prática, em cada caso, se há sinais desse tipo penal”, disse.

O delegado também comentou sobre a suspeita de que a empresária estaria envolvida em um esquema de pirâmide financeira. “Oficialmente, essa pirâmide não existe, pelas nossas pesquisas ela não existe. Nós buscamos agora exatamente saber de onde veio essa suposta pirâmide”, afirmou.

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A investigação continua em andamento, com a coleta de depoimentos e a análise de documentos para esclarecer os fatos e determinar se houve crime de estelionato.

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