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CIDADES

‘Caso isolado’, analisa ministra Margareth Menezes sobre invasão à Zona Azul na COP30

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Um dia após a tentativa de invasão na Zona Azul, área onde acontecem as negociações climáticas da COP30 e é permitida a entrada apenas de pessoas credenciadas, a ministra Margareth Menezes comentou ao Terra como o assunto repercutiu nos bastidores do governo. “Foi um caso isolado”, disse, em entrevista na Zona Verde, área aberta ao público, na manhã desta quarta-feira, 12.

“Foi um fato isolado. Aqui dentro da COP os povos originários, com suas experiências, são importantes. E dentro do Ministério da Cultura estamos reconhecendo também os povos originários como portadores de possibilidades da relação do povo com a natureza”, disse a ministra, sem querer adentrar muito no assunto.

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Margareth, que estava em uma sessão na Zona Azul que contou com forte participação de povos indígenas, reforçou que são eles quem têm a convivência e experiência com a natureza e precisam realmente ser escutados –assim como todos, para ‘um grande mutirão de reversão dos efeitos climáticos’.

Questionada se acredita haver pouca representatividade indígena na Zona Azul — questão que esteve entre as motivações da invasão e que tem sido levantada por diversas lideranças indígenas ouvidas pela reportagem — ela respondeu que não.

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“Não, de jeito nenhum. Tem a ministra dos povos originários, a ministra Sonia Guajajara, que está trazendo toda essa representatividade com o trabalho dela. Tem muita coisa em andamento”, disse a ministra.

“Eu acho que essa COP é um sinal… a mobilização, é uma ação internacional, mobilização de pessoas que vieram para cá, principalmente pelo que estamos vivendo no planeta. As ações climáticas, o desequilíbrio climático já está aí acontecendo. É preciso fazer alguma coisa. Eu acho que ampliar esse discurso e ver o que é que realmente precisamos fazer, porque as futuras gerações precisam do planeta para sobreviver e nós também. Eu acho que a gente tem que pensar de uma maneira mais ampla e unir forças”, reforçou  Margareth.

A tentativa de invasão em questão aconteceu no segundo dia da COP, na terça-feira, 11.  Um grupo numeroso de manifestantes, que contou com indígenas e pessoas com blusas do Psol, partido de esquerda, tentou entrar na Zona Azul, que tem  acesso restrito. A ação gerou tumulto e reação imediata da segurança, inclusive com um confronto braçal para conter os manifestantes. Além disso, para impedir o acesso a áreas internas, mesas e cadeiras foram usadas de forma improvisada pela segurança para bloquear a passagem.

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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se manifestou sobre o ocorrido, afirmando em nota que “esta edição da COP ocorre em um país democrático, onde o direito à manifestação é garantido e respeitado, diferentemente das últimas edições realizadas em contextos mais restritivos.”

“Neste sentido, a Apib, junto com suas organizações regionais, tomou conhecimento de ato realizada nesta data (11/11) organizado por movimentos sociais, com a participação de alguns povos indígenas. A Apib reafirma que o movimento indígena é amplo e diverso e que esta entidade não coordenou as atividades da referida manifestação. Ao mesmo tempo, reitera o respeito ao direito de manifestação e à autonomia de cada povo em suas formas próprias de organização e expressão política”, afirmaram.

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