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Conselho Tutelar separa irmãos após incidente envolvendo mãe em Feijó

Luzineuda Almeida, moradora de Feijó, clama pela volta de seus dois filhos após um incidente que culminou na separação da família. Em meio à desesperança e à angústia, ela compartilha sua história, buscando apoio e justiça.
A tragédia começou com o desaparecimento das crianças em uma área de mata, próxima à sua residência, região conhecida pela presença de facções criminosas. O medo e a preocupação tomaram conta de Luzineuda, que saiu em busca dos filhos, encontrando-os horas depois. Em um momento de extremo desespero e sob o impacto da situação, ela admite ter agredido as crianças.
Este ato impulsivo, resultante do medo e da angústia de uma mãe em uma situação de vulnerabilidade, levou à intervenção do Conselho Tutelar. As crianças foram separadas: uma ficou com a avó, e a outra foi entregue ao pai, sem o conhecimento ou consentimento de Luzineuda. A situação se agrava, pois ela desconhece o paradeiro de seu filho mais novo, de 7 anos.
A mãe, arrependida e devastada, afirma trabalhar incansavelmente para prover para seus filhos, destacando que eles são sua razão de viver. Ela relata que o Ministério Público se manifestou a favor de seu pedido para a retomada da guarda das crianças, mas o processo judicial se arrasta, causando ainda mais sofrimento.
O pai das crianças, em um áudio, corrobora a versão de Luzineuda, afirmando que ela nunca apresentou histórico de violência e que não aprova a separação dos filhos nem o afastamento da mãe.
O caso de Luzineuda expõe a fragilidade do sistema de proteção à criança em situações de vulnerabilidade social e geográfica. A lentidão da justiça e a falta de informações sobre o paradeiro do filho mais novo agravam ainda mais a situação. A história de Luzineuda serve como um alerta para a necessidade de maior atenção, sensibilidade e agilidade no tratamento de casos semelhantes, especialmente em contextos de alta vulnerabilidade.
