Corpo de Bombeiros intensifica busca por vítima de triplo homicídio no Amazonas

Na quinta-feira, 24 de agosto, o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul iniciou as buscas pelo corpo de Pedro Calvacante da Silva, uma das vítimas do trágico triplo homicídio ocorrido na segunda-feira, 21, na comunidade Ouro Preto, entre Ipixuna e Guajará, no estado do Amazonas.

Pedro foi assassinado por Mateus Fernandes Soares, de 26 anos, que também tirou a vida de Miguel Calvacante da Silva, de 53 anos, e Adair José da Silva, de 45 anos. Segundo relatos do autor do crime, Pedro foi atingido por um disparo de arma de fogo e teria caído no rio, desaparecendo nas águas do Juruá.

A operação de busca é liderada pelo Tenente Antônio Souza de França e conta com uma equipe especializada de quatro mergulhadores, equipados com tecnologia adequada para a missão. A equipe se deslocou para a área com uma voadeira, pronta para realizar mergulhos submersos e buscas superficiais.

“A nossa equipe inicia os mergulhos submersos hoje, realizando uma varredura no local indicado pela delegacia de Guajará”, afirmou o Tenente França. As buscas, que começaram na terça-feira, estão programadas para durar três dias — com dois dias dedicados a mergulhos e um terceiro para busca superficial. A estratégia inclui observar qualquer movimento na água que possa indicar a presença do corpo.

A operação é considerada complexa, devido à forte correnteza do rio e às características do local. “Utilizamos uma técnica de varredura em zig-zag, com nossos mergulhadores presos a uma poita para evitar que a correnteza os leve”, explicou o Tenente. A equipe está equipada com escuba e narguilê, adaptando-se às condições de profundidade e segurança do local.

Se o corpo não for localizado durante os mergulhos, há a expectativa de que ele possa emergir em até 48 horas, salvo se ficar preso em balseiros ou sofrer a ação da fauna local.

“Com a nossa experiência, sabemos que o corpo tende a boiar após dois dias, mas isso pode variar, especialmente devido à presença de peixes que se alimentam de tecidos”, concluiu o Tenente França.

As buscas por Pedro Calvacante da Silva refletem não apenas a determinação do Corpo de Bombeiros, mas também a complexidade que envolve investigações de homicídios em regiões com características geográficas desafiadoras. À medida que a equipe trabalha incansavelmente, a comunidade espera por respostas e justiça em relação ao trágico evento que abalou a região.