Cruzeiro do Sul se consolida como polo cinematográfico da Amazônia

Cruzeiro do Sul, no Acre, consolida-se como um importante polo cinematográfico na Amazônia, atraindo produções nacionais e internacionais. A cidade, que já serviu de cenário para a série “Tarã” com Xuxa Meneguel (a ser lançada na Disney+), atualmente abriga as filmagens de dois longas-metragens e um curta, com mais um longa previsto para este ano.

Entre os projetos em andamento estão “Geni e o Zepelim”, dirigido por Anna Muylaert, com locações em locais icônicos como a Boca do Môa e o Miritizal, e um elenco que inclui Gero Camilo e Seu Jorge; e “Expedição Txai”, documentário de Thiago Melo, que reconstrói uma viagem histórica de 1989 com Milton Nascimento e lideranças indígenas, percorrendo locais como Brasília, Rio Branco, Jordão e Marechal Thaumaturgo. A produção envolve cerca de 150 pessoas entre equipe técnica, atores e figurantes locais.

A escolha de Cruzeiro do Sul como locação é justificada pela sua singularidade arquitetônica e belezas naturais, além da receptividade da comunidade. A produtora Iafa Britz destaca a originalidade da cidade como um atrativo fundamental.

Além dos longas, o curta-metragem “Noke Koi – O Povo Verdadeiro”, dirigido por Alexandre Barros e co-dirigido por Sérgio de Carvalho, celebra a cultura e a resistência do povo Katukina, com recursos de acessibilidade como legendagem descritiva, audiodescrição e tradução em Libras.

A intensa atividade cinematográfica impulsiona a economia local, com hotéis e locadoras de veículos lotados. O prefeito Zequinha Lima comemora o impacto positivo, destacando a realização de rodas de conversa e palestras sobre produção audiovisual e leis de fomento, visando capacitar a população local. O cineasta Sérgio de Carvalho reforça o compromisso de deixar um legado positivo, fortalecendo a cena cultural local e abrindo oportunidades para novos talentos na Amazônia. A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Janaína Terças, destaca a capacitação da mão de obra local para futuras produções, utilizando recursos como a Lei Aldir Blanc. Cruzeiro do Sul se posiciona, assim, não apenas como cenário, mas como um centro de produção cinematográfica na região amazônica, gerando empregos, renda e desenvolvimento cultural.