Décimo caso de desaparecimento na mata do Juruá em 2025 termina com encontro feliz; riscos na floresta são destacados

O Vale do Juruá, no Acre, registrou seu décimo caso de desaparecimento na mata em 2025. José Romário, de 47 anos, morador da Comunidade Simpatia, extraviou-se na floresta na segunda-feira (5) enquanto coletava coquinho de murmurú. Apesar do susto, o desfecho foi positivo: Romário foi encontrado são e salvo por mateiros da própria comunidade antes mesmo da chegada do Corpo de Bombeiros, acionado na terça-feira (6).

A rápida resposta dos moradores locais foi crucial para o resgate bem-sucedido. Romário, embora apresentando arranhões e perfurações por espinhos, sofreu apenas ferimentos leves e dispensou atendimento médico. Seu desaparecimento, ocorrido após mais de 24 horas sem contato, gerou preocupação e mobilizou a comunidade, que prontamente iniciou as buscas, demonstrando profundo conhecimento da região e habilidades de sobrevivência na mata. O Corpo de Bombeiros destacou a importância do conhecimento tradicional dos mateiros e sua contribuição fundamental para a localização de Romário.

Apesar do final feliz, o caso ressalta os riscos inerentes à exploração da floresta amazônica, especialmente para aqueles que se aventuram sozinhos. A ocorrência ilustra a necessidade de cautela e planejamento para atividades na mata, incluindo o uso de equipamentos de segurança adequados e a comunicação constante com outras pessoas. A Capitã Daniela Marques, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, destacou a alta incidência de casos semelhantes na região, alertando para a necessidade de prevenção e conscientização.

Outros incidentes recentes, como o desaparecimento e posterior localização de um pai e filho no Lago do Boto, reforçam a necessidade de atenção e preparo para atividades na região. Infelizmente, um jovem de 18 anos permanece desaparecido no município de Guajará (AM), com indícios da presença de onças na área de busca. O alto número de casos reforça a importância de planejamento e precaução para quem trabalha ou se desloca na floresta amazônica.