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CIDADES

Defensoria Pública denuncia tortura e mortes na Penitenciária Feminina do Amapá

Publicado em

Macapá, AP – A Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) protocolou, nesta segunda-feira (15), uma ação civil pública denunciando graves violações de direitos humanos na Coordenadoria da Penitenciária Feminina (Copef), onde estão custodiadas 153 detentas. A ação foi motivada pela morte de duas internas em um intervalo de menos de duas semanas.

De acordo com a denúncia, a primeira morte ocorreu em 21 de agosto, em meio a relatos de falta de atendimento médico, ausência de escolta hospitalar e uso de spray de pimenta na ala da detenta. No dia 1º de setembro, outra presa faleceu, também sem ter recebido assistência médica adequada.

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Após inspeção realizada em 25 de agosto, a Defensoria Pública constatou uma série de problemas estruturais, indícios de negligência e possíveis casos de tortura. O relatório da DPE-AP aponta para práticas como o uso excessivo de spray de pimenta, castigos considerados humilhantes e revistas íntimas realizadas na presença de homens. Além disso, foram registradas denúncias de restrição ao acesso jurídico, banho de sol em horários inadequados e punições coletivas, como a retirada de livros e televisores.

A Defensoria Pública também criticou as condições de infraestrutura da Copef, que incluem racionamento de água contaminada, ausência de chuveiros e pias, falta de médicos, medicamentos e alimentação adequada. A superlotação, a presença de pragas e a escassez de comida aumentam os riscos de doenças, afetando especialmente a saúde das mulheres durante o período menstrual.

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Diante da gravidade da situação, a Defensoria Pública requer, na ação civil pública, a realização de reformas urgentes na penitenciária, a regularização dos serviços essenciais, a realização de inspeções técnicas periódicas e a responsabilização dos envolvidos nas denúncias de tortura e negligência.

Em nota, o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) negou as acusações apresentadas na ação civil pública.

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