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CIDADES

Desembargador de SC diz que vai ‘adotar’ mulher surda; entenda o caso

Publicado em

Reprodução Redes Sociais Jorge Luiz Borba, desembargador é acusado de manter mulher em situação análoga à escravidão

O desembargador de Santa Catarina, Jorge Luiz Borba, suspeito de manter uma mulher em condições semelhantes à escravidão , anunciou neste domingo (11) que pretende adotá-la e incluí-la em sua herança.

Essa declaração veio à tona após uma operação tornar a situação pública na semana passada. Borba nega as acusações e afirma que tratava a mulher como filha.

Em um comunicado, o desembargador informou que irá buscar o reconhecimento judicial da filiação afetiva da mulher. Ele também mencionou o desejo de assegurar a ela todos os direitos hereditários, com a intenção de regularizar a situação familiar que já existe há muito tempo.

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A declaração foi assinada não apenas pelo desembargador, mas também por sua esposa, Ana Cristina, que também está sendo investigada pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina, juntamente com os quatro filhos do casal.

Segundo as investigações, o casal teria mantido a mulher em sua casa por pelo menos 20 anos, onde ela realizava diversas tarefas domésticas. No entanto, não havia registro em carteira de trabalho, salário ou qualquer tipo de benefício trabalhista.

Além disso, de acordo com o MPF, a mulher é deficiente auditiva, nunca teve acesso à educação formal e não desfrutava de convívio social adequado.

O desembargador e sua esposa afirmam que nunca praticaram nem tolerariam tratamento semelhante à escravidão contra a mulher, a quem consideram um membro da família.

Eles estão empenhados em regularizar a situação familiar e estão dispostos a colaborar com as autoridades para que as investigações avancem e a convivência familiar possa ser restabelecida o mais breve possível.

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