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CIDADES

Em 2022, garimpo ilegal totalizou 80 mil pontos na Amazônia

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A Amazônia, lar de uma rica biodiversidade e de povos indígenas ancestrais, tem sido palco de uma crescente preocupação devido à expansão do garimpo, uma atividade que avança de forma descontrolada e prejudicial ao meio ambiente e às comunidades locais. De acordo com uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a mineração irregular tem se intensificado, atingindo níveis alarmantes nos últimos anos.

Entre 2016 e 2022, a área de garimpo na Amazônia cresceu exponencialmente, com um aumento de 361% nos territórios indígenas, superando em muito a média de crescimento no restante do bioma. Estima-se que atualmente existam mais de 80 mil pontos de garimpo em uma extensão de 241 mil hectares, concentrados principalmente no noroeste de Roraima, sudoeste e sudeste do Pará, norte do Mato Grosso e de Rondônia, além de partes dos Estados do Amazonas, Amapá e Maranhão.

O impacto devastador do garimpo é sentido de forma mais intensa pelas comunidades indígenas, que são as mais afetadas por essa atividade ilegal. Dos 335 territórios indígenas na Amazônia brasileira, pelo menos 17 já sofrem com a presença do garimpo. O território Caiapó lidera com 55% da área de garimpo, seguido pelas unidades Munduruku (22%) e Yanomami (13%). A situação é tão grave que no ano passado o governo federal decretou emergência nacional de saúde na Terra Yanomami, evidenciando a urgência de medidas para conter essa crise.

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Além dos danos ambientais, a extração de minério nas margens dos rios provoca a contaminação com mercúrio, substância tóxica que se espalha pela bacia hidrográfica, afetando não apenas as comunidades próximas, mas também outras populações indígenas distantes. Cerca de 122 territórios indígenas estão localizados em bacias hidrográficas impactadas pela atividade minerária, ampliando os danos e as consequências desastrosas desencadeadas pelo garimpo desenfreado.

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