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CIDADES

Enchente no Acre: Pacientes de hemodiálise são transportados em canoas para tratamento

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Devido à enchente que isolou a cidade, trinta pacientes em tratamento de hemodiálise da região do Alto Acre, no interior do estado, precisaram ser transportados em canoas de Epitaciolândia a Brasiléia para garantir a continuidade de seus tratamentos. As condições adversas resultantes da interdição do principal acesso à cidade exigiram o uso de canoas para assegurar que esses pacientes pudessem retornar às suas casas.

A situação é mais uma consequência da enchente do Rio Acre na região. A interdição da Ponte Metálica José Augusto, que liga Brasiléia e Assis Brasil ao restante do Acre, devido ao alto nível do rio, resultou no isolamento das cidades. O nível do rio atingiu 14,28 metros, próximo à marca histórica de 2012, quando chegou a 14,55 metros e bem acima da cota de transbordo de 11,40 metros.

A Clínica do Rim de Brasiléia é a unidade de referência para os quatro municípios da região do Alto Acre: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. Segundo o coordenador da Regional de Saúde do Alto Acre, Pablo Araújo, transferir os pacientes para a capital não seria viável devido ao risco de superlotação.

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O aposentado Milton da Silva Machado, um dos pacientes transferidos, expressou lamentação pela situação difícil enfrentada. Enquanto isso, a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, pediu socorro às autoridades federais e estaduais diante da gravidade da situação na cidade.

A população de Brasiléia enfrenta a quarta alagação em 11 anos e sofre com o isolamento da única ponte de acesso ao restante do Brasil. Além disso, há 1.540 pessoas desabrigadas e 1.256 desalojadas em nove bairros. Diante desse cenário, a prefeita declarou situação de emergência e teve o reconhecimento da Defesa Civil Nacional e do Governo Federal.

O fechamento da Ponte Metálica José Augusto prejudica não apenas o acesso ao município vizinho Epitaciolândia, mas também o acesso à fronteira com o Peru. A situação exige apoio urgente para atender às necessidades básicas da população afetada pela enchente em Brasiléia.

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