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Família não reconhece roupa encontrada como de empresário achado morto em buraco, diz polícia

A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos, de 35 anos, encontrado morto em um canteiro de obras do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, segue sendo investigada pela polícia.
O corpo de Adalberto foi encontrado dentro de um buraco, sem calças e sapatos, mas de capacete.
A polícia encontrou uma calça em um local próximo ao que o corpo foi encontrado. No entanto, a família do empresário não reconheceu o objeto como sendo dele.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), todas as circunstâncias do caso são apuradas pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o ocorrido como morte suspeita.
O caso passou a ser investigado pelo 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto), com apoio do DHPP. Uma perícia preliminar apontou que o empresário morreu entre 36 e 40 horas antes de ser encontrado. A polícia trabalha com a hipótese de que o empresário não caiu acidentalmente no buraco, mas teve seu corpo colocado na fenda.
Além da necropsia feita no Instituto Médico Legal (IML) para identificar a causa da morte, a polícia pediu exames periciais e toxicológicos. A investigação ouviu testemunhas e analisa imagens de câmeras instaladas nos acessos do autódromo e nas imediações. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado.
O resgate
O corpo de Adalberto foi encontrado dentro de um buraco. Para retirá-lo do local, foi preciso que um bombeiro descesse de ponta-cabeça no local estreito para conseguir retirar a vítima. Foram usados equipamentos de escalada e rapel.
O Corpo de Bombeiros montou uma estrutura usando um sistema de ancoragem, cordas, cintos de segurança, mosquetões e travas de queda para que o agente pudesse descer com segurança. O bombeiro também usou trajes de segurança, como capacete, máscara e luvas. Ele teve as pernas entrelaçadas com cordas e travas para suportar seu peso e o do corpo do empresário.
Um descensor foi usado no deslocamento do agente para o interior do buraco: ele prendeu o corpo da vítima ao seu e foi guindado para fora da fenda. O buraco tem 45 centímetros de diâmetro por 3 metros de profundidade.
Quem era o empresário
Adalberto Amarilio dos Santos Junior tinha 35 anos, era casado e se apresentava nas redes sociais como empresário e optometrista – profissional apto a realizar exames oftalmológicos básicos e prescrever óculos de grau.
Ele trabalhava em uma ótica que tem unidades em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. Em suas páginas, Adalberto postava imagens de viagens de moto e pilotando kart, modalidade pela qual dizia ser três vezes campeão paulista.
Ele compareceu a um evento de motociclismo realizado no autódromo antes de desaparecer. Segundo o depoimento de um amigo à polícia, o empresário disse que iria para casa, mas nunca retornou.
