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Fita branca com alianças une caixões de casal que morreu em queda de avião em SP
Um casal que estava a bordo da aeronave que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, foi velado com os caixões unidos por uma fita branca com alianças nesta segunda-feira, 12, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. As informações são da RBS TV, afiliada da Rede Globo.
A fisiculturista Daniela Schulz Froda e o marido, o policial rodoviário Hiales Carpine Froda, estavam viajando para os Estados Unidos para ela participar de uma competição, quando morreram no acidente aéreo, que deixou 62 pessoas mortas. Os corpos foram velados na cidade natal de Daniela.
Há cinco anos, o casal vivia em Ubiratã, no Paraná. Amigos e parentes de Daniela prestaram homenagens às vítimas e puderam se despedir durante a cerimônia.
O velório continuou nesta terça-feira, 13, na cidade de Moreira Sales, no Paraná. O sepultamento acontece às 10h, na cidade paranaense.
Momentos antes do embarque no avião, que saiu de Cascavel, Daniela fez uma publicação nas redes sociais, em um vídeo comentando sobre a viagem que faria com o marido, e a escala de voo em Guarulhos.
Além dela, outros três gaúchos estavam no voo. Os familiares ainda aguardam a liberação dos corpos.
André Armindo Michel, de 52 anos, era representante comercial, nascido e morador de Campo Bom;
Debora Soper Avila, de 29 anos. Ela era uma das comissárias de bordo do avião, natural de Porto Alegre;
Diogo Avila, de 42 anos, natural de Pelodas, trabalhava na indústria farmacêutica.
Acidente aéreo
O voo saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). A partir de 13h21, a aeronave parou de responder às chamadas da torre de São Paulo, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB). Não foi declarada emergência, ou foram reportadas condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.
O avião caiu em um condomínio do bairro Capela, na cidade de Vinhedo, no interior paulista. A aeronave pertencia à companhia Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. Segundo a empresa, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72. No total, foram 62 vítimas, sendo 4 tripulantes e 58 passageiros.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotar as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes.
A Polícia Federal (PF) investiga o acidente. Um gabinete de crise foi montado na casa de um morador, dentro do condomínio onde houve a tragédia.