Fotógrafa é condenada a 24 anos de prisão por matar namorado a facadas por ciúmes no interior de SP

A fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier, de 30 anos, foi condenada a 24 anos de prisão por ter matado a facadas o namorado, Carlos Felipe Camargo da Silva, de 29 anos. O julgamento terminou na madrugada desta terça-feira, 21, no Tribunal de Justiça de Ribeirão Preto (SP).

O caso ocorreu em 3 de março de 2024. Depois de esfaquear o corretor de imóvel nove vezes, a acusada teria fugido do local do crime, mas se entregou à polícia dias depois. Ela confessou o crime, alegando legítima defesa. Na época, ela apresentava alguns hematomas pelo corpo.

Brenda foi acusada por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, com emprego cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de fraude processual. No entanto, a Justiça a absolveu da última acusação. A pena é de 24 anos de prisão em regime fechado.

Ao Terra, a defesa dela confirmou que vai recorrer da decisão. Já o advogado que representa a família de Carlos, Mário Badures, afirmou que a Justiça foi feita após um ano e meio de luta da família. .

“Ontem se fez Justiça ao condenar exemplarmente quem agiu com total desprezo à vida humana, por ciúmes atacando a vítima de surpresa e golpeando-a de forma brutal, sem chance de defesa a ponto de causar a evisceração. Hoje descansa em paz aquele que foi brutalmente assassinado com requintes de crueldade”, afirmou.

Ele alega que a absolvição do crime de fraude processual traz um novo contorno ao processo, já que o crime irá recair ao irmão de Brenda, que teria lavado a cena do crime.

“A acusação, portanto, ponderou todos os detalhes afastando o assassinato de reputações consistente na alegação de legítima defesa sob o contexto de violência doméstica, condenação a qual se reputa como exemplar e que servirá como exemplo para que atos bestiais dessa magnitude não voltem a ocorrer em Ribeirão Preto”, finalizou.

A investigação

O crime ocorreu na casa onde vivia o casal. De acordo com o canal EPTV, a investigação apontou que eles tinham um relacionamento um pouco conturbado e que Brenda era muito ciumenta.

Na época, o delegado responsável pelo caso afirmou que ela alegou que também foi agredida pela vítima e estava até com lesões pelo corpo. A polícia também apurou que houve fraude processual, já que a cena do crime foi mexida, pois foi lavada.

“Essa situação foi apurada e foram constatadas algumas lesões na autora dos fatos, elas foram consideradas, mas não justificam a morte da vítima da forma como foi. A quantidade de facadas desferidas, a região do corpo onde essas facadas foram desferidas, o fato de ela ter se evadido do local depois do crime ter ocorrido”, afirmou Rodolfo Latif Sebba à emissora.