Invasão em frigorífico libera gado apreendido em operação contra desmatamento no Acre

Na madrugada de terça-feira (17 de junho), um grupo não identificado invadiu o frigorífico Norte Carnes em Brasileia, Acre, libertando aproximadamente 137 cabeças de gado que estavam sob custódia judicial. Os animais haviam sido apreendidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) durante a Operação Suçuarana, que combate a criação ilegal de gado na Reserva Extrativista Chico Mendes.

O ICMBio confirmou a invasão e o roubo do gado, ressaltando que a apreensão foi realizada por ordem da Justiça Federal como parte das ações contra o desmatamento ilegal e a criação de gado em áreas embargadas ou griladas dentro da reserva. A sentença judicial previa o abate dos animais como forma de impedir a continuidade da atividade ilegal.

O frigorífico Norte Carnes, em nota oficial, declarou ter sido surpreendido pela chegada dos animais sob ordem judicial e relatou ter sofrido ameaças aos seus funcionários. O gerente do frigorífico expressou sua indignação com a situação, afirmando ter sido obrigado a receber e processar o gado sob pressão e que não compactua com a invasão e o roubo dos animais.

Em resposta ao ocorrido, a empresa anunciou que suspenderá o abate de qualquer gado proveniente da Operação Suçuarana e solicitou ao ICMBio a retirada imediata dos animais restantes de suas instalações. O incidente levanta preocupações sobre a segurança das operações de fiscalização ambiental e a eficácia das medidas judiciais para combater o desmatamento ilegal na região amazônica. As autoridades investigam o caso para identificar os responsáveis pela invasão e o roubo do gado.

Confira a nota completa

A empresa Norte Carnes vem por meio desta esclarecer que não compactua com os fatos ocorridos na operação Suçuarana, que a empresa também foi pega de surpresa quanto a chegada dos animais em sua estrutura, pois o que foi informado é que o gado seria levado pra outro frigorífico e que devido à dificuldade no transporte levaram até lá, a empresa foi informada que se tratava de cumprimento de uma ordem judicial, por isso não teve como recusar o recebimento, desde então a empresa e seus funcionários viraram alvos de várias acusações e ameaças que isto está gerando vários problemas para a mesma, devido aos fatos informamos que a partir deste momento a empresa não irá abater mais nenhuma cabeça de gado proveniente desta operação é que o gado que está no curral foi solicitado para o órgão que realizou a apreensão fazer a retirada do mesmo.