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Justiça decreta prisão de sétimo suspeito por assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz

Um sétimo suspeito de estar envolvido no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes teve sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo neste sábado, 20. O homem foi identificado como William Silva Marques, segundo divulgado pelo SBT.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), ao Terra, o suspeito é dono de uma casa usada pelos autores do crime. Ele está sendo procurado pelas autoridades.
“Ao todo, são quatro investigados por envolvimento no caso que encontram-se foragidos. Diligências estão em curso para elucidar todas as circunstâncias e responsabilizar os envolvidos.”, disse a SSP.
Até o momento, três pessoas foram presas:
Dahesly Oliveira Pires, responsável por pegar uma das armas usadas no crime em Praia Grande e levado para a Grande São Paulo;
Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, que teria ajudado na fuga dos assassinos;
Rafael Marcell Dias Simões, o “Jaguar”, cuja participação ainda não foi detalhada.
Segundo a reportagem da SBT, a casa de William fica a menos de 10km do local do crime. A residência teria sido alugada para servir de “quartel-general”. O irmão do suspeito, um policial militar, foi questionado e teve seu envolvimento descartado.
Assassinato do ex-delegado-geral
Imagens de câmeras segurança registraram o momento do assassinato de Ruy Ferraz, em Praia Grande, na noite de segunda-feira, 15. Ele é visto dirigindo seu carro em alta velocidade, até que entra em um cruzamento e é atingido por um ônibus. O carro capota e os criminosos, que vinham em outro carro atrás, vão até ele carregando fuzis. Ruy foi morto a tiros e os criminosos fugiram.
Uma força-tarefa foi montada para apurar o caso e prender os envolvidos. Em entrevista coletiva nesta quinta, a Polícia Civil afirmou não restar dúvidas de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem envolvimento na morte do ex-delegado-geral.
“Não nos resta dúvida”, disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao ser questionado da certeza da participação da facção. “O que falta descobrir é se foi por conta do combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado, ou por conta da atuação atual como secretário em Praia Grande. Mas que há participação do crime organizado não há dúvida”.
Ruy Ferraz Fontes teve uma carreira de mais de 40 anos como delegado e era conhecido por sua atuação contra a organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Atualmente, ele ocupava o cargo de secretário de Administração Pública de Praia Grande.
